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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro

Boletim 55

terça-feira 28 janeiro 2014 - Filed under Boletins

Caso não consiga visualiza o boletim corretamente, acesse http://boletimmstrj.mst.org.br/boletim55

Boletim do MST RIO – N. 55 – janeiro de 2014 – Especial

Um ano sem Regina e Cícero

Ato em Campos lembra militantes assassinados no início de 2013

ururau_campos_24_01_14No dia 26 de janeiro, completamos um ano de saudades do companheiro Cícero Guedes. Em 6 de fevereiro, será a vez de lembrarmos um ano sem companheira Regina dos Santos. Seguindo à risca a recomendação militante, não fizemos sequer um minuto de silêncio, mas sim um ano inteiro de lutas.

Nas mobilizações do 8 março, na jornada de lutas de abril, nas ruas com a juventude a partir de junho, na luta contra o leilão do petróleo, em todas as mobilizações por justiça e pela desapropriação de terras no Rio, e finalmente, na grande Feira Estadual da Reforma Agrária, Regina e Cícero estiveram presentes, mais do que nunca. Cada qual a sua maneira, inspiraram a seguir lutando não só os militantes do MST, mas toda classe trabalhadora organizada que viu nos assassinatos um sinal de que a luta de classes, em sua face mais brutal, está mais acirrada do que nunca.

Como singela homenagem, organizamos no dia 24 de janeiro uma ação em Campos dos Goytacazes, ondes ambos atuavam. Houve doação de alimentos, simbolizando o sonho da agroecologia e da fartura, que ambos carregavam, e doação de sangue, para lembrar a disposição para lutar.

Veja as notícias sobre o evento

Fundação que organiza Nóbel Alternativo pede proteção ao lutadores sociais

Neste domingo (26), a fundação sueca Right Livelihood Award parabenizou o MST por seus trinta anos e lembrou o assassinato de Cícero. Ole von Uexkull, diretor executivo da fundação, pediu que o Brasil “renda homenagens à memória de Cícero Guedes protegendo a todos aqueles que lutam por transformações sociais. Há exatamente um ano repudiávamos o assassinato de Cícero Guedes. Hoje felicitamos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em seu 30° aniversário e seguimos acompanhando-o em seu permanente grito por justiça e democratização”.

A Fundação Right Livelihood Award concedeu em 1991 o prêmio Nóbel alternativo ao MST, junto à CPT, “por seu incansável trabalho junto às famílias despossuídas para recuperação de terra e seu cultivo sustentável”.

Veja notícia completa, em espanhol

30 anos do MST

O Brasil vivia uma conjuntura de duras lutas pela abertura política, pelo fim da ditadura e de mobilizações operárias nas cidades. Como parte desse contexto, entre 20 e 22 de janeiro de 1984, foi realizado o 1º Encontro Nacional dos Sem Terra, em Cascavel, no Paraná. Ou seja, o Movimento não tem um dia de fundação, mas essa reunião marca o ponto de partida da sua construção.

A atividade reuniu 80 trabalhadores rurais que ajudavam a organizar ocupações de terra em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Bahia, Pará, Goiás, Rondônia, Acre e Roraima, além de representantes da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária), da CUT (Central Única dos Trabalhadores), do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e da Pastoral Operária de São Paulo.

Veja mais sobre a história do MST

A seguir, comentários publicados sobre os 30 anos desta história:

VI Congresso

Rumo a seu VI Congresso, MST defende novo tipo de reforma agrária

Nos dias 10 a 14 de fevereiro, mais de 15 mil militantes de uma das maiores organizações populares de massas do planeta, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), estarão reunidos em seu VI Congresso, em Brasília. A instância máxima de direção do Movimento se debruçará sobre as táticas e estratégias na atual conjuntura para a consolidação da luta por uma Reforma Agrária Popular.

Passados 30 anos da fundação do MST, as configurações do campo brasileiro sinalizam para a agudização das contradições sociais que se acumulam como uma dívida histórica, desde a concentração das terras como mercadorias em oligopólios privados, a continuidade da expulsão do homem e da mulher do campo para inchar as grandes cidades, bem como a inundação de agrotóxicos que o modelo do agronegócio despeja anualmente nas mesas de cada brasileiro.

Leia mais

“2013 é o pior ano da Reforma Agrária”, diz João Paulo Rodrigues

O ano de 2013 não deixará saudades aos Sem Terra de todo o país. No que tange a luta pela terra, o balanço é positivo, já que as mobilizações, marchas e ocupações de terras e prédios públicos aconteceram praticamente durante o ano inteiro.

Mas no que se remete à política de Reforma Agrária, quase nada se fez, sendo que em muitos casos o governo teve a proeza de andar para trás. Essas são as avaliações de João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, sobre a política agrária estimulada pelo governo federal durante todo esse ano.

Como consta Rodrigues, algo que sempre esteve ruim nesse governo conseguiu piorar ainda mais. “Até agora, só 159 famílias foram assentadas em todo o país. É uma vergonha. Não passam de 10 os imóveis desapropriados pelo governo Dilma. Pior que o último governo militar do general Figueiredo, quando foram desapropriados 152 imóveis”, destaca.

Veja entrevista completa

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Boletim MST Rio

2014-01-28  »  alantygel

Talkback

  1. Boletim VI Congresso – n1 | Boletim do MST Rio
    9 fevereiro 2014 @ 21:04

    […] <  Boletim 55 […]

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Re: Boletim 55







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