Ocupacão do BNDES: Mulheres do Campo e da Cidade na Luta Contra os Agrotóxicos
sexta-feira 11 março 2011 - Filed under Notícias do MST Rio
pelo Coletivo Mulheres do MST
No dia 02/03, cerca de 300 mulheres trabalhadoras do campo e da cidade, representando mulheres dos movimentos feministas, sindicais, estudantil, partidos, movimentos populares, ocuparam a sede do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no centro do Rio de Janeiro, para denunciar os efeitos negativos à vida humana e à natureza da utilização excessiva de agrotóxicos pelo agronegócio.
O objetivo da mobilização foi denunciar os altos investimentos e empréstimos do BNDES aos grandes latifundiários e às transnacionais, que hoje dominam a agricultura no Brasil e se apropriam da natureza e da riqueza produzida no campo.
As Mulheres Sem Terra e da Via Campesina vêm ao longo desses anos realizando lutas contra o modelo do agronegócio no campo, por compreender que as mulheres são afetadas diretamente, sendo elas as principais responsáveis pela soberania e segurança alimentar, através da produção das hortas, pomares e pequenos animais. E ainda este modelo traz violência, opressão as mulheres e falta de perspectiva econômica para elas.
Neste ano, o foco de denúncia deste modelo foram os Agrotóxicos, haja visto que o Brasil é o país que mais utiliza venenos no campo. Esta forma de produção está matando a natureza, os rios e a vida de quem vive e trabalha na terra e nas cidades.
Os recursos públicos administrados pelo BNDES não podem ser utilizados sem critérios técnicos e legais e desrespeitando a legislação ambiental em vigor, em favor de uma irresponsável e destruidora expansão dos monocultivos.
As organizações e movimentos exigem do banco uma radical e profunda reorientação de sua política, com investimentos prioritários em educação, emprego, saúde, direitos previdenciários, habitação e reforma agrária.
E que não financie o agronegócio e empresas como a siderúrgica TKCSA, em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, que matam o mangue, o mar, contaminando o ar e colocam milhares de pessoas em situação insuportável de sobrevivência.
A mulheres defendem a agroecologia, a biodiversidade, a agricultura camponesa cooperada, a produção de alimentos saudáveis, a Reforma Agrária, os direitos previdenciários, a Saúde e Educação gratuita e de qualidade para todos, a igualdade de direitos, mudança do Queremos reafirmar com nossa luta que não nos subordinaremos ao modelo capitalista e patriarcal de sociedade, concentrador de poder, de terras e de riquezas.
Defendem a terra, a água, as sementes, a energia e o petróleo como bens da natureza a serviço dos seres humanos.
As mulheres reafirmam a luta contra a subordinação ao modelo capitalista e patriarcal de sociedade, concentrador de poder, de terras e de riquezas.
2011-03-11 » alantygel
23 março 2011 @ 4:40
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