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Formação em Agroecologia do MST: a experiência do curso de Mestrado

terça-feira 11 janeiro 2011 - Filed under Notícias do Brasil

por Nivia Regina, Mestranda em Agroecossistemas no Curso do MST em parceria com a UFSC

A turma de mestrandos com o prof.  Pinheiro Machado Filho, coordenador do programa, e a Coordenação Pedagógica

A turma de mestrandos com o prof. Pinheiro Machado Filho, coordenador do programa, e a Coordenação Pedagógica

A luta pela reforma agrária e agroecologia possuem características de resistência e superação ao modelo hegemônico de agricultura e sociedade como um todo. A democratização do acesso a terra e aos recursos naturais é condição básica para refundar a sociedade brasileira sob os pilares da democracia, distribuição da renda, trabalho e poder.

Com o enfoque agroecológico, a reforma agrária passa a ser instrumento de transformação do modelo agrícola, alterando a concepção produtivista, mecanicista e quimicista da agricultura. Aponta, igualmente, para a construção de novas relações sociais e da relação ser humano-natureza alicerçada nas premissas da sustentabilidade sócio ambiental.

Portanto, a reforma agrária e a agroecologia devem ser pautadas tendo como base a criação e consolidação de outro modelo de sociedade, alicerçado na solidariedade, justiça sócio ambiental, na promoção da equidade, respeito e valorização das culturas, etnias e estabelecimento de novas relações de gênero e gerações

Para que a agroecologia tenha força e consistência para fazer o enfrentamento e superação do modelo convencional de agricultura, é fundamental que os movimentos sociais do campo assumam-na enquanto estratégia de luta. Isso implica numa postura de exigência e contribuição com a formulação de políticas públicas que venham de encontro com as estratégias de promoção da agroecologia e que trabalhem na perspectiva de alianças concretas com movimentos urbanos e grupos de consumidores aliados à reforma agrária e agricultura camponesa.

Com o processo da construção da Agroecologia como estratégia, o Movimento Sem Terra (MST), definiu priorizar a formação massiva em agroecologia, com agricultores e com a juventude. Nesse sentido foram criados vários cursos e espaços de formação em agroecologia.

No Paraná, por exemplo, o MST criou 4 escolas de Agroecologia, sendo uma a Escola Latinoamericana de Agroecologia. Criou também, em vários estados, cursos técnicos, de graduação e de Pós-gradução. Priorizou também a formação de técnicos profissionais em agroecologia, o que tem sido um grande diferencial.

Aula do professor Pinheiro Machado

Aula do professor Pinheiro Machado

A experiência da Pós-graduação em agroecologia faz parte de uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 2006, o Setor de Produção, Cooperação e Meio-Ambiente do MST construiu um curso nacional de Especialização em Agroecologia. Sua perspectiva é de aprofundar o debate teórico e prático da agroecologia, no sentido de contribuir na resolução dos problemas concretos de produção nos assentamentos, e de dar um salto de qualidade na luta contra o modelo convencional de produção.

Em 2008, retomou-se uma proposta de construção da primeira turma de Mestres em Agroecologia do MST. Com o curso de especialização, essa proposta se tornou possível de se materializar, e a UFSC incorporou a idéia e criou a turma de Mestrado Profissional em Agroecossistemas.

Seu objetivo é seguir aprofundando o debate da agroecologia, promover a reflexão sobre a agroecologia a partir da construção histórica do movimento e das raízes deste novo paradigma e contribuir efetivamente na produção dos assentamentos, na realização de experiências e na busca de soluções agroecológicas para produção.

Em 2010 iniciou-se a defesa de dissertação de 18 mestres de vários estados do Brasil, com dissertações que partiram de uma necessidade concreta dos assentados e com a responsabilidade de transformar essa realidade. Desta forma, este processo se trata de uma conquista importante e concretiza mais uma experiência na luta pela construção de uma proposta sustentável para o campo brasileiro.

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2011-01-11  »  alantygel

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  1. Francisco de F. de Sousa
    25 janeiro 2015 @ 10:10

    Parabenizo a todos os Formandos e Formados nos Curso relacionados a agricultura e ao Eco sistemas, pois, entendo ser de suma importância para o desenvolvimento do povo brasileiro, trazendo a ele não só cultura mas alto estima e cidadania.

    Gostaria de obter mais informações, tais como: o Curso de Mestrado está sendo ministrado em quais cidades?

    Abraços.

    Francisco

  2. Francisco de F. de Sousa
    25 janeiro 2015 @ 10:12

    Parabenizo a todos os Formandos e Formados nos Curso relacionados a agricultura e ao Eco sistemas, pois, entendo ser de suma importância para o desenvolvimento do povo brasileiro, trazendo a ele não só cultura mas alto estima e cidadania.

    Gostaria de obter mais informações, tais como: o Curso de Mestrado está sendo ministrado em quais cidades?

    Atenciosamente.

    Francisco

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Re: Formação em Agroecologia do MST: a experiência do curso de Mestrado







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