Entre os dias 04, 05 e 06 de dezembro será realizada a IX Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro. Este é um evento de exposição e comercialização de produtos da agricultura familiar camponesa dos assentamentos da Reforma Agrária realizado pelo MST.
Durante os três dias, serão comercializadas mais de 130 toneladas de alimentos, com variedades de produtos vindos de vários assentamentos da Reforma Agrária. A diversidade dos alimentos oferecidos surpreende os que passam pela Feira. São diferentes tipos de arroz, feijão vermelho e de corda, frutas e polpas, legumes, verduras, suco de uva integral, produtos derivados de cana-de-açúcar (açúcar mascavo, melado, rapadura), ervas medicinais, fitoterápicos e fitocosméticos.
A feira terá a participação de assentados de todo o estado do Rio de Janeiro e suas cooperativas, associações e grupos coletivos. A estimativa é que cerca de 120 agricultores estejam presentes na feira divulgando suas produções in natura e industrializadas das cooperativas de Reforma Agrária de diversos estados do Brasil.
A agroecologia é um dos princípios do movimento, por isso, grande parte da produção que vem dos assentamentos são agroecológicos. “O trabalho que vem sendo construído é na perspectiva que os assentamentos façam a transição para a agroecologia, sobretudo para garantir a segurança e a soberania alimentar dos agricultores e da sociedade”, declara Nívia Regina, da direção do Movimento.
Na programação há shows e atividades Culturais, espaço Diálogos da Terra com seminários de formação e alimentação da Culinária da Terra com pratos saborosos.
A Feira
Esta Feira foi batizada com o nome ” Cícero Guedes” em 2013, em homenagem ao agricultor e militante do MST assassinado por pistoleiros no dia 25 de janeiro de 2013, nas proximidades da Usina Cambahyba, no Município de Campos dos Goytacazes (RJ).
Além de uma grande liderança na luta pela Reforma Agrária, Cícero Guedes era considerado uma referência em conhecimento agroecológico, por conta das técnicas agrícolas sustentáveis que utilizava em seu lote no Assentamento Zumbi dos Palmares, tendo sido também um importante colaborador de vários projetos de pesquisa e de extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes vira Lei
A lei 59.999/2015, de iniciativa do deputado Renato Cinco, “reconhece como de interesse Cultural e Social para o Rio de Janeiro a Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes”. Portanto a feira, a partir de sua VII edição, se tornou um evento oficial do município do Rio de Janeiro.
Entre os dias 28 e 30 de outubro, as crianças Sem Terrinha do Rio de Janeiro realizaram o seu XX Encontro Estadual. O evento faz parte do processo de construção do I Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha, em 2018.
O encontro foi um espaço para o desenvolvimento de oficinas lúdico-educativas; de conversas entre as crianças sobre temas de relevância nos seus quotidianos, nas áreas de Reforma Agrária. Para o conjunto do MST, foi um momento de mobilização por educação e de fortalecimento da identidade Sem Terrinha.
As crianças fizeram uma visita ao Aquário da Cidade, ao Museu do Amanhã, e à Cinemateca do Museu de Artes Moderna-MAM, onde assistiram o filme Menino e o Mundo, além de irem à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ, onde participaram de um Audiência Pública. Oficinas, encontros, debates e muitas brincadeiras deixaram a programação mais animada.
Participaram do evento aproximadamente 200 crianças com idade entre 6 e 12 anos, que vivem nas áreas de acampamentos e assentamentos de Reforma Agrária do MST nas regiões da Baixada, Norte, Lagos e Sul Fluminense. Também participaram os Sem Tetinho da Ocupação Vito Giannotti (localizada na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro). Aproximadamente 50 educadores populares e profissionais da educação, oficineiros, artistas e militantes do MST colaboraram nas atividades.
O encontro estadual do Rio de Janeiro desse ano teve o tema: Por escola, Terra e Alimentação Saudável! Rumo ao I Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinhas!
Os encontros Sem Terrinha
As crianças nos assentamentos e acampamentos têm um papel fundamental, pois criança em qualquer lugar é sinal de ânimo renovado. Vem daí a necessidade de mostrar a importância dos “Sem Terrinha” no meio em que vivem.
Os encontros estaduais Sem Terrinha são realizados desde 1997 no estado do Rio de Janeiro, contribuindo para a sensibilização das crianças, adolescentes assentadas e acampadas e seus familiares para temas como Reforma Agrária, meio ambiente e educação ambiental, agroecologia, história de luta pela terra e história de seus assentamentos e ou acampamentos. Também vem contribuindo para denunciar as condições que as crianças enfrentam nas escolas e proporcionar lutas em direção a exigências de seus direitos.
Trata-se de uma atividade realizada anualmente pelo Setor de Educação do MST, e tem o intuito de organizar as crianças Sem Terra do estado do Rio de Janeiro, juntamente com crianças de outros setores da sociedade, para uma confraternização e socialização de experiências.
Os encontros estaduais e regionais das crianças Sem Terrinha acontecem em todo Brasil desde 1994, com a realização do primeiro encontro estadual em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Em 2017, os encontros têm por objetivo ser um espaços de preparação para o I Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha, que será realizado em Brasília, onde se espera reunir 1500 crianças de todo o Brasil para estudar, brincar e lutar pela Reforma Agrária Popular e por uma Educação do Campo que as emancipe enquanto sujeitos.
O MST e a educação no campo
A educação brasileira vive um processo de precarização generalizada, seja dos seus recursos estruturais, como a parte de infraestrutura e de pessoal, como também do seu projeto pedagógico. Podemos questionar sobre qual contribuição a educação precarizada pode influenciar na formação e na vida de das crianças, jovens e adultos? Se as escolas urbanas, principalmente das periferias, vivem essa escassez educativa, nas escolas do campo, essa situação é potencializada pela falta de profissionais, de estruturas mínimas de trabalho e pelo processo fechamento das escolas, que obriga crianças e jovens a se deslocaram quilômetros para estudarem na escola mais próxima da sua cidade. Processo que faz com que estes sujeitos simplesmente parem de estudar para se dedicarem ao trabalho e contribuírem financeiramente com suas famílias.
De acordo com os dados do Censo Escolar – INEP, de 2002 a 2013, 40.701 mil escolas do campo no Brasil foram fechadas. Pensando a realidade estadual, podemos observar com mais evidência esse quadro a partir do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a Pesquisa de Cordeiro, no estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 2008 e 2013, foram observados processos de fechamento e nucleação das escolas do campo, concentrando a oferta nas áreas urbanas, sendo que dos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, na educação infantil para as áreas rurais diminuiu 48% da oferta; na educação fundamental, foram retraídos 70%; e no ensino médio 61% dos municípios, ou seja, os sujeitos do campo precisam se deslocar para concluir o ensino básico. E sobre as escolas do campo, dos 92 municípios, 57% fecharam escolas rurais.
Diante desta realidade, o MST vem lutando contra o fechamento das escolas e por uma Educação do e no Campo pública, de qualidade, popular e gratuita, nas escolas que ainda resistem abertas, bem como para a reabertura e construção de escolas no campo. Nesta perspectiva, a própria luta pela Educação do Campo e pela implementação de um projeto que valorize os seus sujeitos em sua gênese a luta dos movimentos sociais para a transformação da sociedade. O momento é de difícil conjuntura, portanto, entendemos que a formação da consciência para a luta deve estar presente desde as crianças da classe trabalhadora.
Desta forma, a organização XX Encontro das Crianças Sem Terrinha recoloca através da Audiência Pública, articulada pelo Deputado Flávio Serafini, da Comissão de Educação, que este espaço do brincar, da arte, da cultura é também de educação, formação, como um instrumento do trabalho de base, propiciando a auto- organização das crianças, como sujeitos de direitos e de luta.
O recado foi dado pelas crianças Sem Terra para Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro: fechar escolas é crime!
A ação fez parte da Jornada Nacional de Lutas que acontece desde o início da semana e mobiliza milhares de Sem Terra em todo Brasil
Da Página do MST
Na manhã desta sexta-feira (20), cerca de 300 Sem Terra realizaram uma marcha na zona norte do Rio de Janeiro para denunciar o desmonte da Reforma Agrária realizada pelo governo de Michel Temer. Os trabalhadores também cobraram a desapropriação de terras e o desenvolvimento dos assentamentos na região.
Aação fez parte da Jornada Nacional de Lutas que acontece desde o início da semana e mobiliza milhares de Sem Terra em todo Brasil.
Após a marcha os Sem Terra se encaminharam para uma audiência pública na Câmara de vereadores do estado que contou com a presença de representantes do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e de parlamentares.
O MST no estado do Rio de Janeiro realiza nos dias 16, 17 e 18/08, o lançamento do espaço de exposição e comercialização dos Produtos da Reforma Agrária Terra Crioula, na Rua da Lapa, 107.
Há muitos anos há o desafio de aproximar e divulgar a produção da agricultura camponesa do Rio de Janeiro e do Brasil e dialogar sobre a Reforma Agrária, como forma de fortalecer a relação campo e cidade e o projeto da Reforma Agrária Popular, entendendo que este projeto é uma opção do conjunto da classe trabalhadora.
Esta é umas das formas de mostrar para sociedade a urgência e necessidade da Reforma Agrária, que, com a democratização da terra, tem como prioridade a produção de alimentos para o povo brasileiro.
No estado do Rio de Janeiro existem 19 assentamentos organizados pelo MST, na região Norte Fluminense, Região dos Lagos, Sul fluminense, e Baixada Fluminense. Os assentamentos estão também organizados em cooperativas e associações, como as cooperativas COOPATERRA, COOPAMAB, e 20 associações, além dos grupos coletivos de produção e comercialização, com destaque para os de mulheres e de jovens.
Este espaço terá uma representação destas localidades e uma diversidade de alimentos desde frutas, verduras e legumes em geral, como produtos processados e ainda fitoterápicos e fitocosméticos. Estes produtos recebem a marca Terra Crioula que representa os produtos dos assentamentos e acampamentos do estado do Rio de Janeiro.
Segundo o dirigente do Setor de Produção Raoni Lustosa, “é uma experiência que estamos iniciando com o funcionamento de duas vezes ao mês até dezembro, com entrega de cestas de produtos que poderão ser solicitados anteriormente no email terracrioula@gmail.com.”
Estão previstos para inauguração, além da feira de produtos, comidas típicas da Culinária da Terra e shows ao vivo todos os dias. No dia 16/09, às 19:30, a animação cultural será com Caramuela e haverá também uma Roda de Choro no dia 18/08, às 12:30. O ato de lançamento será no dia 16/08, às 18h.
A decisão de voltar para as terras foi tomada pelos agricultores e organizada pela Asprim, que luta desde 2009 contra as desapropriações.
Da Página do MST
A Justiça negou o pedido de reintegração do Açu, 5º distrito de São João da Barra, Norte do Estado do Rio de Janeiro. A área está ocupada desde o último dia 19 de abril.
As terras foram reocupadas após oito anos por força do decreto do governo estadual Nº 41.195, de 19 de junho de 2009. A área pela empresa LLX do empresário Eike Batista e visava a implantação de um distrito industrial na área do entorno do Porto do Açu. Através de um termo precário, a Codin (Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro) autorizou a empresa do Eike a entrar e tomar posse destas terras.
Cerca de 500 pequenos proprietários foram desapropriados. Uma pequena parte recebeu indenização em valores irrisórios. A maioria questiona na Justiça os termos desta desapropriação.
A decisão de voltar para as terras foi tomada pelos agricultores e organizada pela Asprim (Associação dos Proprietários Rurais e de Imóveis do Município de São João da Barra), que luta desde 2009 contra as desapropriações.
Abaixo segue a decisão integral do juiz:
Processo nº:
0000721-89.2017.8.19.0053
Tipo do Movimento:
Decisão
Descrição:
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; GSA – GRUSSAÍ SIDERÚRGICA DO AÇU Ltda. e PORTO DO AÇU OPERAÇÕES S.A. ajuizaram ação de reintegração de posse em face de ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS E MORADORES DO AÇÚ, CAMPO DA PRAIA, PIPEIRAS, BARCELOS E CAJUEIRO, INTEGRANTES DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA e TERCEIROS NÃO IDENTIFICADOS. Como causa de pedir afirmaram que o Estado do Rio de Janeiro criou o Distrito Industrial de São João da Barra destinado a receber instalação de estabelecimentos industriais. Para implementação do distrito foram editados diversos decretos que declararam a utilidade pública da área, em favor da CODIN. Sustentou que o Juízo da 1ª Vara da Comarca de São João da Barra deferiu medida liminar de imissão provisória na posse em favor da CODIN, que celebrou termos de cessão de posse de imóvel em favor dos demais autores desde 27/07/2012. Narrou, por fim, que em 19.04.2017 os réus invadiram irregularmente os imóveis objeto da ação, se recusando a dali sair. A Defensoria Pública ingressou no feito às fls. 447/452 pleiteando o indeferimento da liminar e a designação de audiência especial para solução amistosa do conflito. O Ministério Público manifestou-se às fls. 498/500 pelo indeferimento da liminar e pela designação de audiência. É o relatório. Decido. É fato público e notório que grande parte da área rural situada no distrito do Açú foi desapropriada pelo Estado do Rio de Janeiro para construção do Porto do Açú. Alguns proprietários aceitaram a desapropriação de forma amigável e foram indenizados. Outros proprietários não concordaram com o valor proposto e foram ajuizadas ações de desapropriação. Existe ainda, um terceiro grupo, mais vulnerável, que se trata daqueles ocupantes que não possuíam documentos de propriedade das terras, tratando-se, na verdade, de possuidores – muitas vezes não identificados – que foram desalijados de suas terras sem que tenham recebido qualquer indenização até a presente data. Esse é o relato do quadro dramático que se instalou no Município, que só piora com a crise econômica instalada no País, na medida em que menos de 10% da área efetivamente desapropriada se tornou produtiva com o Porto, que inicialmente teria uma dimensão muito maior do que a que se revela hoje. A título ilustrativo, só nesta 1ª Vara da Comarca de São João da Barra, tramitam, atualmente 223 processos de desapropriação movidos pela CODIN. Este acervo não considera as ações já julgadas e baixadas e tampouco o acervo da 2ª Vara desta Comarca. Também não considera as ações propostas por possuidores e proprietários em face dos autores. A posse e também a propriedade que justificam a proteção possessória só podem ser aquelas que exercem a sua função social. É o que se extrai dos artigos 5º, XXIII, 170, III, da CRFB/88. Desapropriar área rural, dela retirando seus legítimos possuidores que viviam de pequenas culturas e exploração de gado, geralmente em regime familiar e em muitos casos sem nada receber para simplesmente deixar a área parada aguardando valorização imobiliária configura ato ilícito. As fotografias de fls. 461/487 comprovam que na área não existe nada além de mato. Com razão o ilustre Promotor de Justiça, às fls. 499: ´ Isto porque o que foi ponderado pela Defensoria e que merece a devida consideração é que, após imitido na posse das terras do distrito do Açu, nem o Estado, nem os seus cessionários, efetivamente a ocuparam, nelas instalando algum equipamento ou demonstrando a imprescindibilidade das mesmas ante o atual redimensionamento do empreendimento, limitando-se a cercar a terra, o que, por si só, não parece evidência de posse efetiva.´ Ora, se devido à conjuntura econômica o projeto do distrito industrial reduziu de tamanho, é necessário redimensionar o projeto e readequá-lo às atuais necessidades. Como bem apontado pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público, os autores não demonstraram a efetiva posse sobre os imóveis. A simples instalação de cercas, sem nenhuma benfeitoria ou utilização do terreno não configuram posse a ser protegida. Ausente, portanto, o requisito previsto no art. 561, I, do CPC. Tal fato, por si só, já é suficiente para indeferir o pleito dos autores. No entanto, firme no propósito de obter a solução consensual do conflito, cotejando de um lado o direito dos autores à ocupação (desde que seja efetiva e justa) da área e, de outro lado, o direito dos possuidores desalijados da terra sem indenização de receberem o valor justo, designo audiência de conciliação para o dia 12/05/2017, às 14h. Deverão os autores apresentarem, na Audiência, comprovação da realização de alguma benfeitoria nas terras em cuja posse pretendem a reintegração, assim como seu uso efetivo e potencial para o empreendimento efetivamente instalado. Deverão também trazer croqui da área objeto desta lide e sua distância até o local onde instalado o porto do Açú. Além disso, deverão apresentar plano objetivo de exploração da área desapropriada. De igual forma, os representantes dos réus deverão trazer uma pauta objetiva para que seja alcançada a conciliação. Intimem-se.
Atividade faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária que este anos sai às ruas contra todos os retrocessos do governo golpista
Da Página do MST
Nesta segunda (17), cerca de 250 Sem Terra vindos de diversas regiões do Rio de Janeiro se encontraram no Armazém da Utopia para homenagear os mártires de Eldorados dos Carajás.
A atividade faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária que este anos sai às ruas contra todos os retrocessos do governo golpista.
Seguindo a linha de reivindicações neste terça-feira (18), será realizada uma audiência pública entre representantes do Incra e da direção do MST. Na ocasião serão discutidas as pautas de reivindicações, agilidade da Reforma Agrária no estado e acesso às políticas públicas.
Ao longo do dia também será realizada a Feira da Reforma Agrária no Largo do São Francisco em frente ao IFCS/UFRJ com um Ato Político em Defesa da Reforma Agrária as 12h.
Carajás
O Dia Internacional da Luta Camponesa é um momento intercontinental de mobilizações em defesa da terra, da preservação do meio ambiente, da agricultura camponesa e dos camponeses.
No Brasil, em todas as regiões do país, o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária. O Movimento exige, dentre outras coisas, a retomada imediata das vistorias de terras com fins de aquisição para criação de assentamentos e a adjudicação das terras que estão em processo de execução por dívidas.
Além da aliança campo e cidade no Rio de Janeiro, a Feira é um dos principais espaços de diálogo com a população carioca, trabalhadora, e que não está nos espaços de militância
“Já guardaram o arroz?”. “Ainda dá tempo de comprar alguma coisa?”. “Eu corri tanto para alcançar”. “Ainda bem que cheguei há tempo!”. “Que pena, saí tarde do trabalho”. “A Feira esteve muito linda”. “Parabéns! No ano que vem estarei aqui de novo”. Foram essas as frases daqueles que chegavam apressados enquanto os 180 feirantes participantes da VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cicero Guedes desmontavam ou recolhiam o pouco do que sobrou (e se sobrou) dos dias em que expuseram e comercializaram produtos oriundos, principalmente, de assentamentos da Reforma Agrária.
A atividade durou três dias, mas foram suficientes para que mais de 45 mil pessoas visitassem e comprassem os produtos in natura, industrializados ou já em receitas, como as tradicionais tapiocas ou a “crepioca” de chaya, uma mistura de crepe e tapioca de uma planta com inúmeros benefícios para a saúde, ou ainda os caldos de aipim com camarão, escondidinho de frango e outras delícias da Culinária da Terra, espaço também bastante procurado durante toda a Feira.
No total, foram comercializados cerca de 180 toneladas de alimentos das mais variadas espécies, como mandioca, abóbora, banana, verduras, legumes, frutas, doces, sucos, arroz, compotas doces e salgadas, pimentas, licores, derivados do leite, pratos típicos, entre outras coisas, superando as expectativas gerais, que estimou a comercialização em 150 toneladas antes do início da Feira.
A Expressão Popular também esteve presente com mais de 200 títulos, da própria editora e de parceiras. Muitas pessoas puderem ter acesso a uma grande quantidade de livros, que iam desde os temas relacionados à literatura até questões ligadas à produção agroecológica, por exemplo. Um dos pontos altos da atividade da editora na Feira foi o ato de lançamento da “Série Ana Primavesi”, com alguns títulos escritos pela própria autora que dá nome à série e outros escritos por outras pessoas sobre o trabalho desenvolvido por Primavesi no decorrer de sua vida. Na perspectiva de se tornar ainda mais acessível, as promoções permitiram que muitas pessoas tivessem acesso à uma quantidade importante dos livros editados ou reeditados pela editora.
O local da Feira foi o Largo da Carioca, o “umbigo da cidade do Rio de Janeiro”, segundo um dos organizadores do evento e integrante do Setor de Produção do MST-RJ, Raoni Lustosa.
“O Largo da Carioca é o centro de passagem dos trabalhadores e das trabalhadoras no Rio de Janeiro, é um largo, uma praça onde transitam muitas pessoas com picos no turno da manhã, na hora do almoço e no final do dia. Por isso, é um espaço estratégico para fazer o diálogo com a sociedade, um local que tem uma referência direta com os trabalhadores e trabalhadoras da cidade, no seu curso de trabalho”, avalia Raoni.
Segundo os organizadores, com todas as dificuldades para a realização da Feira, seu espaço vem aumentando a cada nova edição. São os próprios trabalhadores da cidade que visitam o evento e continuam exigindo que a atividade aconteça mais de uma vez por ano.
Para Nivia Regina, da coordenação do MST no estado, a Feira vai para além da comercialização em si, “ela tem sido um dos principais espaços de diálogo com a população carioca, trabalhadora, e que não está no circuito de militância. É o momento de pautar a Reforma Agrária, o problema fundiário no estado e no Brasil, de debater sobre o papel da alimentação e o problema do agronegócio na produção de commodities, além do uso intensivo de agrotóxicos e transgênicos”.
Raoni complementa que “a Feira, por si só, é um instrumento de trabalho de base com os trabalhadores da cidade e do campo, com a sociedade de modo geral, um ponto de articulação política enorme com parceiros e sindicatos, parlamentares e também um momento muito festivo, de muita musicalidade, de diferentes formas e características, representando um ponto muito além do que só a exposição de produtos. Trazer os produtos é trazer o fruto da Reforma Agrária Popular e da organização dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Diferenciais das edições anteriores
Por estar na oitava edição da Feira Estadual, o trânsito de trabalhadores e trabalhadoras vem aumentando cada vez mais. Para além das pessoas que já passariam pelo Largo da Carioca, outras chegam diretamente para conversar e comprar os produtos ali comercializados.
“Muitas pessoas já nos visitam todos os anos, procuram os feirantes já específicos, os assentamentos que já tem relações mais próximas. A Feira é um patrimônio, não só por ser elaborada, efetivada por lei [Lei Municipal 5999/2015 – Patrimônio de Interesse Cultural e Social da Cidade do Rio de Janeiro], mas pela identificação que as pessoas criaram para com os feirantes e os produtos. Ela é um patrimônio cultural, produtivo e humano da cidade do Rio de Janeiro”, analisa Raoni.
Outro avanço significativo da edição deste ano foi o envolvimento massivo dos estados da Região Sudeste do Brasil, que mostrou mais da diversidade da produção em assentamentos de Reforma Agrária num contexto maior, para além do estado do Rio de Janeiro, e de outros movimentos sociais do campo e da cidade, como o MPA e o movimento de luta por moradia, representado pela Ocupação Vito Giannotti.
Os espaços de formação desse ano também tiveram um importante diferencial, porque aconteceram no local da própria Feira, aberto, e os próprios feirantes foram os mais beneficiados, que, ao mesmo tempo em que vendiam, podiam participar das discussões. “Foi muito parecido com uma aula pública. Um avanço porque não se limitou apenas às salas que a gente fazia de formação”, avaliou Raoni.
Em termos de parcerias, além das cooperativas ligadas ao MST, outras forças foram fundamentais no processo, como é o caso do Sindipetro de Caxias, A FUP, o Sindipreto NF, Sindipetro RJ, Sindecom, Corecon, Andes, Aduff, Aduferj, o próprio Incra, com a possibilidade de articular a emenda que efetivasse a Feira, a Campanha Contra os Agrotóxicos, entre outros. Foram esses que contribuíram em termos de financiamento, articulações, elaboração de materiais e na construção da feira efetivamente, nos seus espaços culturais e de comercialização. De acordo com a avaliação dos coordenadores do MST no estado, as condições materiais eram menores, por isso o marco desse ano foi a construção coletiva intensiva de todos os envolvidos, direta e indiretamente.
Ações futuras
“Mesmo sendo um patrimônio de interesse cultural da cidade, temos muitas dificuldades de realizar a Feira. Enfrentamos grandes obstáculos estruturais e burocráticos para a legalização do espaço, por exemplo. Ainda que seja efetivada como lei, trabalhamos o tempo todo para que ela se concretize e possamos, posteriormente, firmar mais de uma edição da Feira ao ano”, respondem quase em uníssono, Raoni e Nivia.
Além disso, para que esses avanços continuem se efetivando, os dois acreditam na necessidade de somar forças com o conjunto da sociedade para estas construções, articulando com o todo da classe trabalhadora, construindo novas relações e reforçando aquelas já construídas.
“Em termos de projeção, a Feira Cicero Guedes tem que ser trabalhada como o carnaval. A gente termina o carnaval projetando o próximo. Em princípio, a Feira precisa ser efetivada pelo menos duas vezes ao ano para criar corpo e uma rotina na vida do Rio de Janeiro. Depois dessas duas vezes, podemos avançar para mais vezes, quem sabe trimestralmente no Largo da Carioca”, aponta Raoni.
Ao fechar a oitava edição, os organizadores já apontam a próxima Feira para a primeira semana de julho de 2017, como apresenta Raoni. “Queremos construir a primeira de 2017, pensando em fazermos a segunda logo depois, em dezembro, como já é de praxe”.
Já Nivia afirma que a Feira se mostra com o caráter político e cultural, que contribui para a elevação do nível de consciência dos trabalhadores e trabalhadoras. “Como lei, ela tem também a simbologia de construir elementos legais para impulsionar a relação entre campo e cidade. É neste momento de crise política que mais precisamos disputar consciências”, finaliza.
O Largo da Carioca amanheceu em alvoroço nesse dia 05 de dezembro. Além dos trabalhadores e trabalhadoras que passam diariamente a caminho do trabalho ou na volta pra casa, dezenas de produtores e produtoras, vindos de diferentes partes do estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo, ocuparam o largo para a realização da VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, que fica até a próxima quarta-feira (07).
Aos poucos, a grande barraca branca, armada durante o final de semana, se enchia de cores dos produtos derivados da agricultura familiar camponesa dos Assentamentos de Reforma Agrária, do Movimento Sem Terra. Além desses produtos, que estão expostos, prontos para serem comercializados, o evento conta com diversificadas apresentações culturais e debates, que terão como tema a importância da alimentação saudável no Brasil e no mundo.
Durante os três dias serão comercializados cerca de 150 toneladas de produtos, entre alimentos in natura e industrializados, fitoterápicos, fitocosméticos e artesanatos. A Editora Expressão Popular traz pouco mais de 290 títulos de livros, com temas que variam entre produções literárias e diversas outras questões políticas. Destes, 200 levam o selo da própria editora e os demais, de editoras parceiras.
A Culinária da Terra, que em outros espaços é conhecida pelo nome genérico de cozinhas regionais, também se faz presente através da comercialização de pratos típicos preparados pelos próprios produtores e produtoras da Feira.
Apenas na parte da manhã de hoje, já passaram pelo espaço centenas de pessoas para visitar, comprar e apreciar as apresentações culturais. Hoje o grupo Sambachoro presenteou os visitantes com uma emocionante apresentação de chorinhos.
A diversidade dos alimentos oferecidos surpreende os que passam pela Feira: quantas vezes pensamos nas possibilidades de arroz para além do branco? Pois existem! E na Feira é possível encontrar alguns deles, como o arroz vermelho, o integral, o parboilizado e outros, além de diversos sabores de sucos integrais, legumes, frutas, polpas de frutas, produtos derivados de cana-de-açúcar (açúcar mascavo, melado, rapadura), ervas medicinais, entre outros.
A agroecologia é um dos princípios que regem a Feira Estadual Cícero Guedes, por isso, a maioria da produção já é agroecológica. O trabalho que vem, aos poucos, sendo pensado e construído está na perspectiva de transição do modelo convencional de agricultura para o modelo que preserve o meio ambiente e o ser humano, visando garantir, sobretudo, a segurança e a soberania alimentar dos agricultores e da sociedade.
História da Feira
A Feira foi batizada de “Cícero Guedes” em 2013, em homenagem ao agricultor e militante do MST assassinado por pistoleiros no dia 25 de janeiro do mesmo ano, nas proximidades da Usina Cambahyba, no município de Campos dos Goytacazes (RJ).
Além de uma grande liderança na luta pela Reforma Agrária, Cícero Guedes era considerado uma referência em conhecimento agroecológico, por conta das técnicas agrícolas sustentáveis que utilizava em seu lote no Assentamento Zumbi dos Palmares, tendo sido também um importante colaborador de vários projetos de pesquisa e de extensão da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Lei Municipal nº 5.999/2015 – Patrimônio de Interesse Cultural
Desde o ano passado a Feira se tornou evento oficial do município do Rio de Janeiro. A partir da iniciativa do vereador Renato Cinco (Psol), a lei foi aprovada e “reconhece como de interesse Cultural e Social para o Rio de Janeiro a Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes”.
Ato oficial de abertura
Em alguns instantes, acontece o ato de abertura oficial da Feira. Diversas entidades e movimentos sociais vêm saudar a oitava edição do evento e reforçar a importância da organização de momentos de resistência na discussão de outra alimentação possível, como é o caso desta Feira.
“A Feira é um momento, principalmente, de celebração da produção de alimentos nos assentamentos de Reforma Agrária no Rio de Janeiro”, afirma Nivia Regina, da coordenação do MST no estado do RJ. Segundo Amanda Matheus, da Direção Estadual pelo Setor de Formação do MST-RJ, “a principal motivação da construção e realização da Feira como um todo e do ato em específico, é a perspectiva de resistência que eventos como esse proporcionam no âmbito da classe trabalhadora, tanto do campo como da cidade”.
“Na mística de abertura, além de ressaltar a importância dessa resistência, homenagearemos o grande lutador e revolucionário cubano, Fidel Castro, falecido no último dia 25 de novembro”, finaliza Amanda.
No encontro também foi demonstrada solidariedade com os movimentos sociais que estão sendo criminalizados, em especial o MST
Por Pablo Vergara Da Página do MST
Aproximadamente 60 pessoas entre professores, acadêmicos e universitários de diversas universidades federais, estaduais e Institutos e de escolas estaduais da rede pública de ensino se reuniram no I Encontro Estadual de professoras e professores com o MST.
O encontro, que foi realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), teve o objetivo refletir sobre os rumos da educação dentro da atual conjuntura.
Nos debates, buscou-se também enfocar a avaliação, o planejamento e a sistematização dos projetos, visando os próximos programas de ensino ligados ao MST no estado do Rio de Janeiro, em especial o da escola estadual Bernardo Marins Gomes (ESES).
A Atividade debateu políticas públicas como o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), a JURA (Jornadas Universitárias em Defesa da Reforma Agrária), EJA (Escola de Adultos e Jovens), Graduações e Licenciaturas, Mestrados, Extensões, Residência Jovem, Residência Agrária, Curso de Realidade Brasileira, Curso de Filosofia, Bibliotecas Populares nos assentamentos, Estagio Interdisciplinar de Vivencia, entre outras experiências e espaços que foram inspirados no projeto político-pedagógico do MST.
Também foi analisada a atual conjuntura nacional e internacional, os avanços do conservadorismo e a crise internacional, que interfere diretamente no sistema de governo local.
Para Marina dos Santos, dirigente nacional do MST: “O avanço do conservadorismo mundial e do sistema financeiro internacional esta ligado a uma crise de valores ideológicos, que trazem um forte individualismo, machismo e xenofobismo em nível mundial”.
No encontro também foi demonstrada solidariedade com os movimentos sociais que estão sendo criminalizados, em especial o MST.
Ainda dentro das diretrizes citadas do encontro foram extraídos sete pontos importantes:
1- Unidade na luta de classes e da classe trabalhadora.
2- Métodos coletivos de luta, gerar sujeitos coletivos
3- Reformas estruturais, Reforma Agrária, Reforma Urbana
4- Comunicação contra hegemônica, fortalecer os coletivos de comunicação
5- Proteção aos bens da natureza
6- Nova estratégia de ação e novas agendas de luta
7- Lutar contra o estado de exceção, “FORA TEMER”, criar um frente de esquerda.
Professoras e professores, pedagogos, Acadêmicos e universitários, realizam o I Encontro Estadual de Professores com o MST no Rio de Janeiro.
por Pablo Vergara MST- RJ
Maracanã, Rio de Janeiro, 19/11/2016.
Aproximadamente 60 (sessenta) professores e professoras, acadêmicos e universitários de diversas Universidades federais, estaduais e Institutos (UFRJ, UFF, UFRRJ, UNIRIO, UERJ, IFFs e CEFETs), bem como de escolas estaduais da rede pública de ensino básico e entidades e organizações do Estado do Rio de Janeiro se reuniram no I Encontro Estadual de professoras e professores com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, encontro que visa traçar projetos e ações em uma conjuntura desafiadora. Refletiu-se sobre os próximos passos do ensino em relação a Reforma Agrária e a educação do campo no Estado do Rio de Janeiro.O encontro foi realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ. Nesta oportunidade, buscou-se enfocar a avaliação, o planejamento e a sistematização dos projetos, visando próximos programas de ensino ligados ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra no estado do Rio de Janeiro, principalmente a Escola Estadual Bernardo Marins Gomes – ESESF. A iniciativa procura tecer o programa pedagógico da escola, avançar na conformação de uma coordenação politico- pedagógica de forma a consolidar a participação de diversas instituições de ensino do estado do Rio de Janeiro no projeto. A Atividade busca aprofundar e promover políticas públicas como o PRONERA e espaços de debate como a JURA (Jornadas Universitárias em Defesa da Reforma Agrária), EJA (Escola de Adultos e Jovens), Graduações e Licenciaturas, Mestrados, Extensões, Residência Jovem, Residência Agrária, Curso de Realidade Brasileira, Curso de Filosofia, Bibliotecas Populares nos assentamentos, Estagio Interdisciplinar de Vivencia. Enfim, experiências e espaços que foram inspirados no projeto político-pedagógico do MST.
Na Jornada também foi analisada a atual conjuntura nacional e internacional, os avanços do conservadorismo e a crise internacional da economia mundial, as quais interferem diretamente no sistema de governo local, perdendo a totalidade do controle politico. Esta decadência se soma a uma “crise de valores” afirma Marina dos Santos, dirigente nacional do movimento.
Este avanço do conservadorismo mundial e do sistema financeiro internacional esta ligado a uma crise de valores ideológicos, que trazem um forte individualismo, machismo e xenofobismo a nível mundial “Ha uma Hipnotização contra a política e as pessoas, o senso comum está cada vez mais reacionário” agrega, um fortalecimento da consciência do consumo irradiada pela hegemonia do mercado internacional que rapidamente se apropria de toda a cadeia de produção, terra, biosfera, insumos, sementes e químicos.
Na oportunidade também se manifestou a solidariedade com os movimentos sociais que estão sendo criminalizados, em repudio, como o fato que ocorreu no Paraná na operação Castra, que repercutiria mundialmente com a invasão da Policia Civil na Escola Nacional Florestan Fernandes.Dentro das diretrizes que foram citadas, extraímos 7 pontos importantes:1- Unidade na luta de classes, unidade da classe trabalhadora.2- Métodos coletivos de luta, gerar sujeitos coletivos.3- Reformas Estruturais, Reforma Agrária, Reforma Urbana.4- Comunicação Contra Hegemônica, fortalecer os coletivos de comunicação.5- Proteger os Bens da Natureza.6- Nova estratégia de ação, novas agendas de luta e poder politico.7- Lutar contra o estado de exceção, “FORA TEMER”, criar um frente de esquerda.
A jornada continuo durante o segundo modulo da tarde, na conformação de grupos de trabalho onde se sistematizaram temáticas sobre as: GT1 JURA, GT2 Cursos Formais, GT3 Formação de Base, Gt4 Cursos Livres e atividades de extensão.