400 agricultores afogados em benefício do COMPERJ, com o respaldo da parceria DILMA/CABRAL/ MINC
A baixada do rio Guapiaçu em Cachoeiras de Macacu/RJ, distante cerca de 100 km da capital fluminense é hoje uma pacata região onde centenas de pequenos e médios agricultores produzem frutas, legumes, verduras, tubérculos e pequenos animais. A maior parte da produção abastece o CEASA do Irajá e daí chega às feiras livres e mercados de todo o Grande Rio. A maior parte destes agricultores mora na região há várias décadas em lotes de antigos projetos de colonização, como Vecchi e Quizanga, ou mais recentemente em áreas adquiridas através do Banco da Terra, como é o caso da Fazenda Serra Queimada.
Entretanto, a tranqüilidade destes agricultores está agora ameaçada pela construção de uma barragem no rio Guapiaçu, cujo objetivo fundamental é ampliar a oferta de água para o entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O Comperj é uma das maiores e mais polêmicas obras do PAC, capitaneada pela Petrobrás, que envolve a construção de refinarias e fábricas de beneficiamento de derivados de petróleo. Localizado em Itaboraí, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), o Comperj estende sua área de influência para mais de uma dezena de municípios.