Curso de Licenciatura em Educação do Campo
domingo 15 agosto 2010 - Filed under Sem categoria
A educação é um direito de todos, e refletindo sobre isso é que os movimentos sociais fizeram lutas para que juntos pudessem romper com o latifúndio do saber para que todos e todas tivessem acesso à universidade. Portanto, os movimentos sociais, as universidades e o PRONERA/INCRA, vêm formando vários sujeitos nas áreas de Reforma Agrária em diversas áreas do conhecimento. E no sentido de ampliarmos o debate sobre uma educação atendendo as demandas do campo, foi que a UFRRJ assumiu o curso de Licenciatura em Educação do Campo, que iniciará em setembro de 2010, tendo como público alvo assentados e assentadas da Reforma Agrária.
Deste modo, o curso destina-se a formação de educadores e educadoras para atuação nas escolas do campo situadas nestes contextos específicos e socioculturais diversificados. Com duração de 3 anos, o curso terá duas grandes áreas de conhecimento como opção de especialidade do educando: 1. Ciências Sociais e Humanidades 2. Agroecologia e Segurança Alimentar.
O curso acontecerá em 6 etapas, divididas em Tempo Escola e Tempo Comunidade, sendo a primeira etapa do Tempo Escola de 20 de Setembro a 31 de Outubro deste ano, sendo alternado entre o Campus IM da UFRRJ em Nova Iguaçu e o Campus Seropédica, onde contará com 60 jovens e adultos dos Assentamentos da Reforma Agrária e 10 Quilombolas e Indígenas.
As discussões para a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico deste curso contaram com diversos atores, tais como a Universidade, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), RECID (Rede Cidadã), Cedro (Cooperativa…), AMOC (Associação dos Moradores do Campinho) e os grupos organizados GETERRA (Grupo de Estudos, Trabalho e Ensino em Reforma Agrária) e GAE (Grupo de Agricultura Ecológica), que desde o ano de 2009 vem se reunindo com periodicidade.
A Estrutura e Funcionamento do Curso terão como base a Pedagogia da Alternância, visto que garante a participação dos assentados e filhos de assentados da Reforma Agrária, bem como a construção de processos de formação em que a teoria se constrói como elaboração do real, da materialidade das relações sociais e da historicidade dos conflitos da sua comunidade e do mundo.
2010-08-15 » MST-RJ
15 agosto 2010 @ 22:08
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