PCB organiza ato público em lembrança dos 100 anos de Marighella
quinta-feira 22 dezembro 2011 - Filed under Notícias do Rio
MST participa de atividade que lembrou os 100 anos que Calos Marighella faria no dia 5 de dezembro de 2012 se esivesse vivo.
Por Marcelo Durão
A comemoração dos 100 anos do nascimento de Carlos Marighella, realizado na Associação Brasileira de Imprensa, contou com a presença de mais 600 pessoas, resgatando a memória de Carlos Marighella.
A mesa do evento contou com a presença de Maurício Azedo, Presidente da ABI, Wadih Damous, Presidente da OAB – RJ, Cecília Coimbra, Presidente do Grupo Tortura Nunca Mais RJ, Iara Xavier, Representante de Zilda Paula Xavier Pereira, da primeira direção da Ação Libertadora Nacional – ALN, Ivan Pinheiro, da Comissão Organizadora, representante da Fundação Dinarco Reis e Secretário-Geral do PCB, Carlos Augusto Marighella, filho de Carlos Marighella, Amanda Matheus, da Direção Nacional do MST, Luiz Rodolfo Viveiros de Castro, da Comissão Organizadora, Carlos Eugênio Clemente – Comissão Organizadora e representante da Rede Democrática.
A atividade iniciou com um documentário feito sobre a vida de Carlos Marighella, Marighella: “Quem samba fica, quem não samba vai embora”, do cineasta argentino Carlos Pronzato.
A atividade foi carregada de emoção principalmente em lembrança dos e das militantes que foram torturados/as e assassinados/as pela ditadura militar tendo pegado em armas ou não. Amanda leu trechos de um texto que Ademar Bogo, do MST, escreveu sobre Marighella: “Carlos Marighella é daqueles que mesmo depois de assassinado ainda amedronta os inimigos. Comanda mesmo no silêncio, através das idéias e dos exemplos, exércitos de novas gerações que acreditam nas mudanças revolucionárias…”
Carlos Marighella
O baiano Carlos Marighella (1911-1969), assassinado pela ditadura militar em uma emboscada comandada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, passou na cadeia ou na clandestinidade a maior parte dos seus 57 anos. De 1932, quando ainda estudante de engenharia aderiu ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e sofreu sua primeira prisão, até tornar-se o guerrilheiro mais célebre e procurado do país durante os anos de chumbo, desfrutou de curto intervalo com plena liberdade, entre 1945 e 1947, antes de a Guerra Fria chegar ao Brasil e alijar os simpatizantes da então União Soviética do jogo político. Reconhecido pela coragem com que enfrentou os torturadores do Estado Novo, pela atuação destacada como deputado na Constituinte de 1946 e pela ousadia de lançar-se à frente de um punhado de jovens em luta desigual contra um adversário muito mais armado e assessorado pela CIA (a central de inteligência dos EUA), deixou também uma obra poética (reunida no livro Rondó da Liberdade, 1994) com versos “de ternura e ira, simples, claros, brasileiros”, de acordo com a avaliação de Jorge Amado.
2011-12-22 » alantygel
25 dezembro 2011 @ 14:07
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