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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro

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Do Norte Fluminense, veio o coco e o abacaxi. Da Baixada, principalmente o aipim. A região Sul Fluminense, além das hortaliças, trouxe os fitoterápicos e cosméticos a base de ervas medicinais. Até o mais novo assentamento do estado, em Macaé, contribuiu com tomates e abóboras sem agrotóxicos. E foi assim que se construiu a quinta edição da Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Camponeses e camponesas vieram de todo estado e puderam mostrar para os cariocas que, sim, a Reforma Agrária pode dar certo, e sim, o estado do Rio de Janeiro produz alimentos saudáveis.

Cícero Guedes, liderança assassinada em 2013, reforçou em sua última entrevista que era necessário realizar mais de uma feira por ano para aumentar o diálogo com a sociedade. E assim foi feito. Além da já tradicional edição de dezembro, que lembra o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o MST promoveu a Feira Estadual da Reforma Agrária, no centro do Rio de Janeiro, nos dias 24 e 25 de julho, lembrando o dia do trabalhador e trabalhadora rural.

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O Repper Fiell lançou na última quinta, 8/09, seu primeiro livro: Da favela para as favelas, história e experiência do Repper Fiell. O cantor, que além de dois CD’s lançados, já dirigiu um filme – 788 – estreia agora no mundo da literatura. O nome “Repper”, ao invés do rapper americano, não é a toa: é pra valorizar o repente, que ouvia do seu avô na infância em Campina Grande.

O lançamento, na quadra da favela do Santa Marta, onde mora, contou com a participação dos escritores do prefácio do livro: Itamar Silva, ex-presidente da associação de moradores do local, Cláudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), e Gizele Martins, comunicadora popular e moradora da Maré.

Itamar ressaltou a importância da chegada do livro num momento em que a favela se afasta dela mesma. De uma história de coletividade e resistência, o Santa Marta passa por um processo de elitização e invasão do capital. Segundo ele, o livro cumpre um papel importante na reflexão sobre essas mudanças que vêm ocorrendo, sobretudo após a implantação da UPP. Cláudia Santiago, coordenadora do curso do NPC, onde Fiell conheceu a comunicação popular, sintetizou muito bem a contribuição da obra: “É um livro que melhora.” Ela relatou ainda os momentos de emoção quando o livro chegou no NPC para ser revisado: “Marina leu primeiro, e começou a chorar. Sheila leu depois e chorou também, depois eu. E cada uma que pegava pra revisar, chorava de emoção.”

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