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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro

Boletim 49

quarta-feira 5 junho 2013 - Filed under Boletins

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Boletim do MST RIO – N. 49 – 5 a 18 de junho de 2013

Notícias do MST Rio

Entrevista: “A reforma agrária no Rio de Janeiro está parada”

O Boletim do MST RJ entrevista Nivia Silva, da coordenação estadual do MST no Rio de Janeira, e Fernanda Vieira, advogada do Centro de Assessoria Jurídica Popular Mariana Criola. O tema é o atual estado da reforma agrária no estado do Rio de Janeiro. E as duas são taxativas: “A reforma agrária no RJ está parada.” Nivia e Fernanda comentam sobre a situação da usina Camabahyba, sobre os órgãos que têm travado a reforma agrária no estado e afirmam em relação à opção do governo: “Há uma priorização ao agronegócio da cana, soja, pecuária e eucalipto.”

Confira a entrevista:

Como o MST vê o andamento da Reforma Agrária no Rio?

A reforma agrária no Rio de Janeiro está parada. Não há desapropriação de terras desde 2007. Os acampamentos permanecem longo período debaixo da lona, como 05, 06, 10 anos até sair processo de assentamento. Percebemos dificuldade do INCRA em realizar vistorias para novas áreas. Os assentamentos necessitam suprir suas demandas, principalmente na área de infraestrutura como estradas, água, saneamento básico etc.

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Assentamento Terra Prometida levanta fundos para construir sua Casa de Sementes

O assentamento Terra Prometida, em Nova Iguaçu (RJ), está fazendo uma campanha de arrecadação de fundos para construção de uma casa de sementes. A bioconstrução deve atender às necessidades do armazenamento correto de sementes de qualidade e livres de insumos, a serem usadas em plantios agroecológicos. O processo de bioconstrução envolve a participação direta do Coletivo Terra Prometida em todas as etapas, e reforça as ideias fundamentadas nas éticas e princípios da Agroecologia e Permacultura. Ajude acessando site: http://www.causacoletiva.com/casadesementes

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Livro retrata história do assentamento mais antigo do estado do Rio de Janeiro

Um final de semana de atividades culturais marcou o Assentamento Campo Alegre, o mais antigo do estado do Rio de Janeiro. Na última sexta-feira, dia 3, foi lançado o livro “Campo Alegre: memória em movimentos e as gerações de luta”, produzido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Escola Municipalizada de Campo Alegre.

Segundo a coordenadora estadual do MST, Érica Silva, o lançamento mostra que os camponeses também podem produzir seus livros. “Este livro marca uma retomada do movimento, no sentido dos movimentos sociais estarem ocupando as escolas e também mostra a articulação dentro e fora do campo para que as escolas construam seus próprios livros didáticos dentro de suas realidades”, afirmou a líder camponesa.

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Debate no Rio de Janeiro aborda questões ligadas à militarização dos territórios e as semelhanças com o Haiti

As políticas contraditórias de segurança pública em prática no Haiti e na cidade do Rio de Janeiro foram tema de debate realizado na última segunda-feira (27), no auditório do Sindsprev-RJ, na Lapa. Convocado por organizações sindicais, culturais e de defesa dos direitos humanos, a atividade faz parte da jornada continental pela retirada das tropas da MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), daquele país.

O debate foi conduzido por Sandra Quintela, da Rede Jubileu Sul, organização que acompanha desde 2004 as situações de violações de direitos que ocorrem no país, realizando missões de solidariedade e diversas iniciativas junto à outras organizações como forma de pressionar os governos que possuem tropas no Haiti pela retirada das mesmas. Também compunham a mesa, Júlio Condaque (CSP Conlutas/ Quilombo Raça e Classe); Maíra Siman (Historiadora/ IRI PUC-RJ); Marcelo Durão (Via Campesina/ MST); e Renata Souza (Jornalista e moradora do Complexo da Maré).

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Notícias do Rio

Brasil de Fato realiza mudanças ao completar 10 anos

No dia 14 de junho, o Jornal Brasil de Fato irá receber a Medalha Pedro Ernesto concedida pelo vereador Renato Cinco. O evento ocorre na ABI, às 18h, com presença de Nilton Viana, João Pedro Stédile, Silvio Tendler, Marcelo Freixo, Cláudia Santiago, Repper Fiel, entre outros. No dia 14 de junho, o Jornal Brasil de Fato irá receber a Medalha Pedro Ernesto concedida pelo vereador Renato Cinco. O evento ocorre na ABI, às 18h, com presença de Nilton Viana, João Pedro Stédile, Silvio Tendler, Marcelo Freixo, Cláudia Santiago, Repper Fiel, entre outros. Boletim do MST RJ também será homenageado.

O semanário Brasil de Fato vai terminar 2013 de cara nova, após completar dez anos no último mês de janeiro. Mudança no projeto gráfico para a edição nacional e edições regionais em formato tabloide (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília) são algumas das novidades, além do aumento da tiragem e a distribuição gratuita. Os cariocas foram premiados com a primeira edição regional no último 1º de maio, dia do trabalhador, durante as manifestações que ocorreram nas ruas da cidade.

Houve um balanço sobre a trajetória do jornal junto às forças sociais que lhes dão sustentação financeira e política, sobretudo os movimentos e sindicatos, e foi avaliado que apesar das vitórias e da resistência é preciso avançar mais, explicou Nilton Viana, editor do veículo. Segundo ele, o objetivo é tentar chegar mais próximo à classe trabalhadora, com edições massivas de linguagem mais simples e enfoque mais direto.

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Parceria entre MST, Fiocruz e Pronera forma mais uma turma no RJ

Ato público realizado no CENAM no último dia 17 de maio marcou o encerramento da I Turma do Curso de Especialização em Trabalho, Educação e Movimentos Sociais. Fruto de uma parceria entre o MST, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz (EPSJV/Fiocruz), a turma, denominada Comuna de Paris, teve início em junho de 2011 e contou com a participação de educandos de 17 diferentes estados brasileiros. Entre eles estiveram dirigentes do Setor de Educação do MST, professores e diretores de escolas de assentamentos e acampamentos e integrantes dos setores de Produção, Formação e Saúde, que são responsáveis pelo acompanhamento pedagógico de cursos do Pronera.

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Articulação de Agroeocologia do RJ realiza seminário interno

Nos dias 09 e 10 de Maio aconteceu, na Reserva Biológica da União, em Rio das Ostras-RJ, o Seminário Interno da Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro – AARJ. O Seminário teve a participação de 40 pessoas, entre movimentos sociais, agricultores agroecológicos, entidades da sociedade civil e instituições públicas. A atividade foi pensada e construída durante a reunião da Coordenação Política, em março deste ano. Com a necessidade de se avaliar, passo importante para o fortalecimento das experiências agroecológicas e do trabalho em rede, além da preparação para o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA).

A recepção dos participantes foi com uma dinâmica de roda, para que todos se olhassem e se conhecessem. Cada participante se apresentou dizendo “o que trouxe”, “o que vai levar” e “o que compartilha” para o encontro. Nesse clima de aconchego e cumplicidade entre os companheiros participantes, começou os trabalhos do primeiro dia do encontro.

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Brasil

Marcha indígena, quilombola e camponesa se dirige para capital do Mato Grosso do Sul

Organizada pelos movimentos sociais populares de Mato Grosso do Sul, a marcha dos Povos da Terra saiu hoje de manhã, 3 de junho, de Anhanduí, a 60 km de Campo Grande, com aproximadamente 1000 pessoas. O objetivo é chegar à capital do estado em quatro dias. A jornada unitária de lutas em Mato Grosso do Sul quer chamar a atenção para a urgente necessidade da demarcação das terras indígenas e quilombolas e a realização da reforma agrária.

Mais um índio é baleado em fazenda do Mato Grosso do Sul

A marcha se realiza num momento histórico e estratégico da luta dos Povos da Terra no Mato Grosso do Sul, em que os indígenas e em especial o Povo Terena decidiram dar um basta às mentiras do Estado e do governo brasileiro, à violência incentivada com o silêncio conivente do governo do estado, inimigo declarado dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul. Em um contexto em que os nativos somam mais um mártir na luta pela terra e território no Estado, com a morte do índio terena Oziel Gabriel, durante uma reintegração de posse na Terra Indígena Buriti, na semana passada.

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ENFF sedia II Encontro Nacional de Professores Universitários do MST

O II Encontro Nacional de Professores Universitários do MST foi realizado entre os dias 23 e 25 de maio de 2013 na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, São Paulo, e contou com a presença de cerca de 80 professores universitários que colaboram com o MST em cursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e em outras ações nos campos do ensino, da pesquisa e da extensão.

O Encontro foi um importante momento de troca entre o MST e os professores universitários, marcado pelo diálogo franco em torno dos desafios que o MST enfrenta na atual conjuntura brasileira e com os quais os professores se deparam em uma universidade cada vez mais mercantilizada e produtivista, em que importa mais a quantidade do que a qualidade da produção acadêmica.

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Campanha Contra os Agrotóxicos

Monsanto perde processo criminal contra movimentos sociais

A transnacional Monsanto está em mais de 80 países, com domínio de aproximadamente 80% do mercado mundial de sementes transgênicas e de agrotóxicos. Em diferentes continentes, a empresa acumula acusações por violações de direitos, por omissão de informações sobre o processo de produção de venenos, cobrança indevida de royalties, e imposição de um modelo de agricultura baseada na monocultura, na degradação ambiental e na utilização de agrotóxicos.

No Brasil, a invasão das sementes geneticamente modificadas teve início há uma década, com muita resistência de movimentos sociais, pesquisadores e organizações da sociedade civil. No Paraná, a empresa Monsanto usou a via da criminalização de militantes como forma de responder aos que se opunham aos transgênicos.

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Notícias Internacionais

Marcha Patriótica realiza Fórum Internacional pela Paz na Colômbia, em Porto Alegre

IMGNuma integração de quase duas mil organizações da sociedade civil, a Marcha Patriótica da Colômbia surgiu em 2010 como um movimento social e político que articula camponeses, operários, associações de bairro, feministas e estudantes com uma bandeira comum: a solução do conflito armado.

O Fórum aconteceu de 24 a 26 de maio na capital gaúcha. Após a primeira rodada de debates que se espalharam por três auditórios no Centro de Porto Alegre, o Fórum pela Paz na Colômbia teve sua abertura oficial no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A mesa foi composta por representantes de movimentos sociais e organizações de boa parte dos países da América Latina – além de uma representante do País Basco – e o auditório lotado por brasileiros, argentinos, uruguaios, venezuelanos, paraguaios, cubanos, guatemaltecos e, principalmente, colombianos.

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Artigo

Vitória do Capital

As notícias e as correspondentes análises, transmitidas pela mídia composta pelos grandes jornais, a quase totalidade das revistas semanais, as estações de rádio mais ouvidas, as TV abertas e os canais noticiosos da TV paga, fazem parte do ardil do capitalismo para continuar dominando na nossa terra. A manipulação atual de sociedades e países se dá sem exércitos e invasões, com exceção para os casos rebeldes.

Contudo, a violência da fome e miséria, que a manipulação via mídia acarreta, é semelhante à da devastação de uma invasão. Se o brasileiro vive com o dinheiro apertado, em um país sem grande oferta de empregos de qualidade, se a falta de saneamento está na porta dele, trazendo odor indesejável para sua casa e germes para sua família, se o SUS não o cura nem os seus e assim por diante, é porque ele fez péssimas escolhas nos poucos momentos em que sua opinião poderia mudar o que existe.

E por que ele escolheu mal? O principal instrumento que leva às péssimas escolhas é a descrita mídia do capital, que o deixa mal informado ou desinformado. Nestas duas condições vulneráveis, ele escolhe candidatos com discursos previamente ensaiados por marqueteiros, os quais compõem outro instrumento de manipulação usado pelo capital. Assim, o brasileiro não escolhe os candidatos por temas que poderiam ser julgados como principais e, sim, por temas assessórios.

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Expediente

Boletim MST Rio

  • Nesta edição: Alan Tygel, Diego Rangel, Nivia Silva, Marcelo Durão, Paulo Alentejano e Rafael Daguerre.
  • Contato: boletimmstrj@mst.org.br
  • Arquivo de boletins: clique aqui.

2013-06-05  »  alantygel

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