Encontro Popular de Segurança Pública e Direitos Humanos exige o fim das UPP’s e a desmilitarização da PM
quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do Rio
por Gláucia Marinho
Aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de julho, o primeiro Encontro Popular de Segurança Pública e Direitos Humanos: As Violências de Estado no Rio dos Megaempreendimentos (Enpop). Organizado por movimentos sociais, instituições de direitos humanos, comunidades impactadas e mandatos parlamentares, o Enpop contou com a participação de mais de 300 pessoas debatendo políticas de exceção na cidade e no campo e estratégias de enfrentamento às múltiplas formas de violência cometidas pelo Estado.
A data não foi escolhida por acaso. Realizado entre a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, o Encontro foi pensado como espaço de articulação e avaliação das políticas de segurança no contexto dos megaeventos. Além disso, em 2013, completam cinco anos das UPP’s.
Propostas como o fim da intervenção militar em áreas empobrecidas, desmilitarização da PM e o fim imediato dos despejos e remoções foram acumuladas durante todos os dias de debate.
Criminalização da resistência
“É preciso entender a indignação dessa geração”, disse a advogada Fernanda Vieira, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sobre as manifestações que eclodiram em junho, no Brasil, na mesa sobre conjuntura, do Enpop.
Para Fernanda, o papel do movimento social não é criminalizar a conduta, mas entender e potencializar a ideia. “Da mesma forma que o MST e a Via Campesina destroem as mudas da Aracruz Celulose, a juventude quebra o banco”. Ela propõe romper o discurso da criminalização. Não interessando a ação política realizada pelos manifestantes, classificada diversas vezes pela mídia e pelo Estado como vandalismo.
“O que não podemos é aceitar a repressão violenta que tenta desqualificar os movimentos sociais ao criar uma separação entre vândalo e manifestante. Não podemos ter um batalhão de choque que fique perseguindo pelas ruas a juventude apenas por estar de camisa preta ou usando mochila. Precisamos de um repúdio à política estadual que vem sendo exercida”.
Nunca foi tão necessário se indignar, para rompermos com esse modelo social que nos transforma em mercadoria, concluiu.
Outras informações do Enpop estão disponíveis no site: www.enpop.net
2013-07-24 » alantygel
24 julho 2013 @ 17:39
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