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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro

MST-RJ participa de mobilizações no 11 de julho

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

MST e SindipetroNF fecham BR em Macaé

Foto: Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense

Durante a manifestação do dia 11 de julho no Rio de Janeiro, a comunicadora popular Gilka Resende entrevistou Marcelo Durão, da coordenação nacional do MST, sobre o momento vivido no país. Mesmo com bombas sendo atiradas pela polícia, o dirigente deu um panorama da atuação do movimento na atual conjuntura.

Para Durão, o momento vivido no Rio de Janeiro e no Brasil é único: “O debate sobre a política, a diversidade das discussões, a politização, isso é muito importante, e muito bom que esteja acontecendo agora. O povo está se apropriando do debate político, o que não acontecia há muito tempo, a despolitização estava geral.”

Ele explicou ainda a participação dos militantes do MST nos atos do dia 11: “Nosso povo está na rua desde as 6 da manhã, já paramos estradas hoje. Na região sul, a gente se juntou as mobilizações em Volta Redonda e Barra Mansa, junto aos trabalhadores da CSN. O pessoal da baixada veio para o ato daqui, junto com a turma de graduação que temos na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os assentados e assentadas da região norte se juntaram a uma mobilização em Campos, e quando vinham para cá à tarde a polícia impediu que os ônibus viessem, então ficaram presos na estrada. Em macaé, desde 6:00 o pessoal que está aqui barrou a entrada de Rio das Ostras e Macaé, junto ao pessoal do SindiPetro Caxias, de 6 às 10:00h.”

Marcelo Durão finalizou analisando a diferença do protesto do dia 11 de julho, e a união entre trabalhadores do campo e da cidade: “Hoje, a pauta dos trabalhadores está vindo concretamente às ruas. Antes tínhamos a pauta da mobilidade urbana, puxada pelo movimento estudantil, e agora os trabalhadores vieram com suas pautas, como a desmilitarização, reforma agraria, redução da jornada, contra a terceirização, etc. Essa diversidade na unidade está muito bonita, muito boa. As presença de todas as bandeiras está muito bonita. A pauta da reforma agrária está mais do que amarelada, assim como as pautas dos trabalhadores da cidade. Essas mobilizações em conjunto servem para ver se ao menos assim somos ouvidos pelo governo.”

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Audiência do caso Cícero é adiada para 29 de agosto

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

Ministério Público não abriu mão de ouvir pessoas que faltaram a audiência desta terça-feira

do Portal Campos24Horas

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Em virtude da ausência de testemunhas de acusação, a audiência  do caso do líder do Movimento dos Sem Terra (MST), Cícero Guedes, foi remarcada para o dia 29 de agosto, na 1ª Vara Criminal de Campos.

Duas testemunhas chegaram a ser ouvidas, mas a sentença não foi anunciada, já que o Ministério Público(MP) acha de vital importância ouvir as testemunhas que faltaram nesta terça-feira.

O crime

O homicídio do qual foi vítima Cícero Guedes ocorreu em janeiro deste ano, na localidade de Cambaíba, em Campos. O acusado de mandante José Renato Gomes da Silva, 44 anos, encontra-se preso. Mais três homens foram indiciados pela Polícia como participantes do crime.

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Acampamento em Paracambi recebe peregrinos da JMJ

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

por Áurea Andrea

Visita de Peregrinos ao acampamento Marli Pereira da SilvaO acampamento Marli Pereira da Silva, em Paracambi, recebeu no dia 18 de julho a visita dos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Essa atividade foi uma ação da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que além da visita ao acampamento que fica em Paracambi, incluiu visita ao assentamento de Marapicú, em Nova Iguaçu, visita à feira da roça, também em Nova Iguaçu e visita a Reserva Biológica de Tinguá com os alunos da Escolinha de Agroecologia de Nova Iguaçu.

Três companheiros do acampamento Marli Pereira da Silva (MPS) fazem parte como voluntários na CPT: Renato Baldez (apicultor e coordenador político), Manuel Bispo (especialista em medicina natural) e Áurea Andréa (militante).

A atividade no acampamento foi iniciada com uma calorosa recepção aos peregrinos estrangeiros. A militante Elisângela, da Baixada, contou aos convidados um puco da história do MPS desde a ocupação em 2009 e de nossas formas de luta, do descaso dos órgãos públicos em nosso processo e da importância de nossa resistência na luta.

Alguns jovens fizeram perguntas e após a resposta todos foram almoçar. Logo após os peregrinos visitaram as hortas e os barracos dos companheiros. Muitas fotos foram tiradas e a bandeira foi muito disputada pra ficar registrado o símbolo de nossa luta.

Visita de Peregrinos ao acampamento Marli Pereira da SilvaTambém houve uma celebração ecumênica onde a jovem Lorrany Kátherine do MPS cantou duas músicas na celebração. Após a celebração todos fizeram a oração do Pai Nosso, cada um no seu idioma e ficou lindo. Ao término da celebração os companheiros do MPS animaram os peregrinos com as músicas do movimento ao som de pandeiro e dança. Os peregrinos também nos cantaram e dançaram músicas deles com dança e alegria.

Foi uma tarde maravilhosa! Ganhamos lembranças dos peregrinos e eles também ganharam algumas de nosso acampamento. Nos despedimos deles e dos companheiros Carlos Henrique e Maíra que estavam responsáveis pelas atividades dos peregrinos na Baixada. O tradutor Daniel ficou profundamente emocionado e nos parabenizou pela nossa luta, bem como todos os jovens da Comunidade Jesuíta.

Nos despedimos de todos com muita alegria e satisfação de ter compartilhado um pouco de nossa luta com os jovens de diversos países, mostrando a dura realidade da reforma agrária em nosso país.

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Produção, comercialização, cooperativismo e o avanço da agricultura familiar no RJ

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

por Diego Fraga

III Feira da Reforma Agrária - MST RJNo estado do Rio de Janeiro, o mais urbanizado do país, a agricultura familiar vem ganhando folego e se organizando. Mesmo com toda a morosidade das instituições do estado, como INCRA, ITERJ e o poder Judiciário, as famílias assentadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, vêm observando avanços. Com trabalho duro, dedicação e cooperativismo, um dos principais problemas das famílias assentadas vêm sendo aos poucos superado: a comercialização.

Dividido em três grandes regiões, Norte Fluminense, Baixada e Sul Fluminense, o estado do Rio de Janeiro vem acompanhando os esforços para a construção de experiências em cooperativas. Algumas estão em fase de estruturação, e outras com experiências já em curso, como é o caso da Região Norte.

A região, que possui o maior número de assentamentos do MST no estado, conta com 12 áreas de assentamentos e já tem uma boa experiência em cooperativismo. A região já conta com uma experiência bem sucedida com o trabalho do PAA, o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal, que foi acessado por uma associação de assentados da reforma agrária da região, a APRUMAB.

Contando com a ajuda, principalmente, das universidades públicas da cidade de Campos, no caso UENF e IFF, os assentados conquistaram quatro espaços para a exposição de feiras, sendo três em Campos, nas Universidades, e uma em Cardoso Moreira. Desta relação à Feirinha Agroecológica da UENF já cumpre esse papel de dialogar com a sociedade e com a Academia há quase sete anos. “Além do gargalo de comercialização do Governo, que abrange uma região de três municípios, Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira, os assentados da região também conseguiram se organizar em feiras”, informa Hermes Cipriano, o Mineiro, do setor de produção do MST.

Crédito: Salvador Scofano. Fitoterápicos vendidos na feira da Reforma Agrária, em dezembro no Rio de Janeiro.

Crédito: Salvador Scofano. Fitoterápicos vendidos na feira da Reforma Agrária, em dezembro no Rio de Janeiro.

Na Baixada Fluminense, os assentados do Terra Prometida, um dos assentamentos do MST, também vem se organizando. Articulados junto a Rede Ecológica, os assentados, na organização da COOPATERRA, cooperativa do assentamento Terra Prometida, trabalham a entrega direta. Numa relação de diálogo direto com o consumidor, os assentados cooperados abrem discussão importante com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária.

– Se for falar de qualidade de vida não tem como não discutir a reforma agrária e a produção de alimentos de qualidade, e que seja baratos para que todos tenham acesso, diz Bia Carvalho, dirigente do MST e assentada na região.

Outra forma de escoamento utilizado pelos assentados da Baixada é participação de feiras populares da região, além da participação na feira da UFRRJ, onde aproxima o diálogo entre os Agricultores e a Academia.

– Hoje a Feira é o principal instrumento de divulgação da reforma agraria, é onde dialogamos com a sociedade, afirma Cosme Gomes, dirigente estadual do MST e assentado do Terra Prometida.

O Sul Fluminense também está num processo de construção de cooperativa. Os assentados da região já vêm construindo experiências organizativas, como grupos organizados na cadeia do leite e na produção de fitoterápicos. Além dos grupos organizados, os assentados da região também participam de feiras, como em Seropédica e Piraí. Outra alternativa de escoamento de produção e geração de renda, para os assentados do MST, que esta sendo experimentada nos assentamentos da região é a produção de mudas.

Além da alternativa econômica, os viveiros de mudas, antes de qualquer coisa, também tem a importância da produção de mudas de árvores frutíferas para suprir a própria demanda dos agricultores da região. A iniciativa também cumpre papel agroecológico importante, ao passo que propõe, também, a utilização das mudas frutíferas nativas no reflorestamento das áreas.

– Esta sendo construído nos três assentamentos da região, Terra da Paz, Vida Nova e Roseli Nunes, viveiros comunitários, informa Carlos, técnico da Cooperar que presta assistência técnica nos assentamentos do MST da região sul.

Feira da Reforma Agrária da UFRRJNo balanço da produção as regiões mostram sua diversificação de cultivos, demonstrando especificidades nas diferentes regiões, diferenciando também as formas de gargalo. Dos principais cultivos trabalhados pelas famílias nos assentamentos do MST no estado se destacam o aipim, as hortaliças, a criação de gado de leite e o cultivo de bananas. As diversas experiências organizativas no estado apontam os esforços para a superação dos principais problemas das famílias assentadas. A organização dos agricultores, assentados da Reforma Agrária, vem demonstrando os avanços dos trabalhos cooperativos, numa estratégia de dialogo com os diversos setores da sociedade, e a emancipação do próprio agricultor.

As experiências vêm crescendo no estado, fortalecendo o debate da Agroecologia, da Soberania Alimentar e do Cooperativismo, numa conjuntura que, cada vez mais, só aponta para a organização como a única forma de superação das principais demandas dos Agricultores.

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Campos: MST protesta em frente ao prédio da J. Federal

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

Movimento tem como objetivo a desapropriação das  terras da Usina Cambahyba

do Portal Campos24Horas, com informações do MST

Na manhã desta terça-feira (16/07), cerca de 60 integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) realizaram uma caminhada percorrendo ruas centrais de Campos, seguindo até o prédio da Justiça Federal, no Centro.

O ato é pela desapropriação da propriedade de 2.800 hectares da antiga usina Cambahyba, considerada improdutiva pelo Incra, passando o local para a reforma agrária.

“Queremos a assinatura da imissão de posse. Queremos ser assentados. Além disso, nossas famílias estão sofrendo, pois não temos estrutura, precisamos de água potável, assistência na área de saúde e muitas obras coisas”, disse Antonio Silva, conhecido como Bigode, um dos manifestantes.

A mobilização ocorreu na Justiça Federal de Campos, quando novamente as famílias do Acampamento Luis Maranhão foram cobrar do juiz da primeira Vara Federal que fizesse a imissão de posse do INCRA nas terras desapropriadas da Usina Cambahyba.

O juiz recebeu a advogada representante das famílias, Dra. Fernanda Vieira, e disse que ainda não teria sido oficiado pelo TRF, quando decidiu que esse juiz seria o responsável pela imissão de posse. O Acampamento Luis Maranhão promete voltar e enquanto isso, fará pressão no TRF para que oficie urgentemente o juiz.

 

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Teoria e prática pra além do hospital

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do MST Rio

por Ivi Tavares

Saúde além do hospital

Em abril de 2013 se inciou um projeto de parceria entre o MST e dois diretórios acadêmicos de medicina: o CASAAF/UERJ e o DABT/ UFF.

O objetivo é de vivenciar as condições gerais e de saúde da população, realizando conversas e vivências dos estudantes com áreas que normalmente estão à margem da assistência não só em saúde, mas de diferentes políticas públicas. A formação dos profissionais de saúde tem o desafio de atender a população em suas reais necessidades, formar não só para o atendimento, mas também na prevenção de doenças e pensar em territórios saudáveis.

Por isso o MST compreende a importância desse projeto para a melhoria da saúde da população, principalmente no campo. Foram realizados vários debates no CASAAF, abertos a estudantes de diferentes cursos da área de saúde, e foram debatidos e estudados temas como os determinantes sociais em saúde, vigilância em saúde, movimentos sociais, Sistema Único de Saúde, agrotóxicos e a luta do MST.

No dia 08 de julho, a coordenação do projeto foi ao assentamento Roseli Nunes conversar sobre a vivência que ocorrerá nessa área e conversou-se sobre as necessidades gerais do assentamento e estruturação da atividade que será realizada.

“Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo”. (Florestan Fernandes)

 

Saúde além do hospital

Saúde além do hospital

Saúde além do hospital

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Encontro Popular de Segurança Pública e Direitos Humanos exige o fim das UPP’s e a desmilitarização da PM

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do Rio

por Gláucia Marinho

Encontro Popular Sobre Segurança Pública e Direitos HumanosAconteceu nos dias 12, 13 e 14 de julho, o primeiro Encontro Popular de Segurança Pública e Direitos Humanos: As Violências de Estado no Rio dos Megaempreendimentos (Enpop). Organizado por movimentos sociais, instituições de direitos humanos, comunidades impactadas e mandatos parlamentares, o Enpop contou com a participação de mais de 300 pessoas debatendo políticas de exceção na cidade e no campo e estratégias de enfrentamento às múltiplas formas de violência cometidas pelo Estado.

A data não foi escolhida por acaso. Realizado entre a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, o Encontro foi pensado como espaço de articulação e avaliação das políticas de segurança no contexto dos megaeventos. Além disso, em 2013, completam cinco anos das UPP’s.

Propostas como o fim da intervenção militar em áreas empobrecidas, desmilitarização da PM e o fim imediato dos despejos e remoções foram acumuladas durante todos os dias de debate.

Encontro Popular Sobre Segurança Pública e Direitos Humanos

Criminalização da resistência

“É preciso entender a indignação dessa geração”, disse a advogada Fernanda Vieira, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sobre as manifestações que eclodiram em junho, no Brasil, na mesa sobre conjuntura, do Enpop.

Para Fernanda, o papel do movimento social não é criminalizar a conduta, mas entender e potencializar a ideia. “Da mesma forma que o MST e a Via Campesina destroem as mudas da Aracruz Celulose, a juventude quebra o banco”. Ela propõe romper o discurso da criminalização. Não interessando a ação política realizada pelos manifestantes, classificada diversas vezes pela mídia e pelo Estado como vandalismo.

“O que não podemos é aceitar a repressão violenta que tenta desqualificar os movimentos sociais ao criar uma separação entre vândalo e manifestante. Não podemos ter um batalhão de choque que fique perseguindo pelas ruas a juventude apenas por estar de camisa preta ou usando mochila. Precisamos de um repúdio à política estadual que vem sendo exercida”.

Nunca foi tão necessário se indignar, para rompermos com esse modelo social que nos transforma em mercadoria, concluiu.

Outras informações do Enpop estão disponíveis no site: www.enpop.net

Encontro Popular Sobre Segurança Pública e Direitos Humanos

 

 

 

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Avanço do agronegócio no MT: riqueza excludente

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do Brasil

Lívia Duarte, jornalista da FASE

Há muito tempo a substituição do petróleo por combustíveis feitos com plantas é questionada. Apesar do discurso de ser esta uma alternativa contra o aquecimento global, agricultores, movimentos sociais e organizações da sociedade civil vêem no campo os impactos desta produção. Recentemente o Fórum Mato-Grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD) lançou uma pesquisa sobre o tema em seminários em Sinop, Cuiabá e Barra do Bugres. E o estudo revela, justamente, a ampla rede de impactos: no estado, se alastram a poluição da água, a concentração de terras, a contaminação e danos à saúde causados pelos agrotóxicos e outros problemas gerados pelos monocultivos de soja e cana-de-açúcar, principais matérias primas dos agrocombustíveis produzidos no Brasil.

Com o projeto “Avaliação dos impactos socioambientais da produção de agrocombustíveis em Mato Grosso (Cana-de-açúcar e Soja)”, o Formad verificou a situação da população que vive cercada pela monocultura da soja no médio norte mato-grossense, com foco nos municípios de Lucas do Rio Verde, e também os conflitos gerados pela monocultura da cana-de-açúcar na bacia do Alto Paraguai, especialmente nas comunidades do município de Barra do Bugres. Os resultados estão compilados no livro e na cartilha pedagógica “Dois Casos Sérios em Mato Grosso. A soja em Lucas do Rio Verde e a Cana-de-Açucar em Barra do Bugres”, coordenado pela FASE e assinado pelo consultor Sergio Schlesinger. Também estão no vídeo “Dois casos sérios sobre agrocombustíveis”, no qual agricultores familiares, ribeirinhos, pescadores, indígenas e populações tradicionais denunciam a perda da terra, da água, da qualidade de vida – e de direitos.

 


[Leia a entrevista com Sergio Schlesinger publicada no jornal Brasil de Fato]

O celeiro do mundo não produz comida

O Mato Grosso, conhecido como “celeiro do mundo”, importa mais de 90% dos hortifrutigranjeiros de outros municípios como São Paulo e Curitiba, conforme informou o secretário municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde, Marcio Pandolfi, em entrevista publicada no livro. O dado revela a contradição das cadeias longas de produção e consumo: para produzir as matérias-primas de combustíveis considerados mais limpos são queimados milhares de litros de outros combustíveis, especialmente o diesel dos caminhões, proveniente do petróleo, para transportar comida por cerca de 2 mil quilômetros.

No seminário de lançamento realizado em Sinop em 24 e 25 de junho, Sergio Schlesinger destacou que onde se produz 30% da soja brasileira, a agricultura familiar sofre sérias restrições. “Bons programas do governo federal como o de Aquisição de Alimentos (PAA) não se fazem presentes nesta região. No Brasil, a média é de 25% do território agricultável ocupado pela agricultura familiar. No Rio Grande do Sul chega a 34%. Mas no Mato Grosso a agricultura familiar ocupa apenas 10% das terras agriculturáveis”, comparou.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) junto com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são considerados importantes por movimentos sociais por poderem se conformar em mercados para a agricultura familiar. Os números do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela gestão financeira do PAA, mostram que não foram feitas compras em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso em 2012, por exemplo. Já o PNAE, que disponibilizou R$ 990 milhões para a compra direta de produtos da agricultura familiar em 2012, não adquiriu quantidade significativa de alimentos nestas localidades. Ambos os programas requerem ativa participação dos governos federal, estadual e municipal para sairem do papel e um dos problemas centrais descritos por Schlesinger é que na região o conflito de interesses entre poder político e econômico é uma constante, influenciando, portanto, o acesso às políticas públicas. Ao final do seminário, alguns participantes se reuniram para buscar mais informações sobre os programas e procurar meios de lutar pela modificação desta realidade.

Maria Emília Pacheco, da FASE, e atual presidenta do Conselho Nacional de Soberania e Segurança Alimentar (Consea), perguntou se entre os presentes alguém acessava o PAA. Eram mais de 50 e apenas um levantou a mão, “indicativo de problemas”, nas palavras da conselheira. Ela explicou que o Consea é um lugar de propostas e monitoramento de políticas públicas na área da alimentação, um direito garantido na Constituição em seu artigo 6º.
Na opinião dela, para garantir comida de qualidade para todos e todas é preciso valorizar o autoconsumo, o modo de produzir das famílias e a agroecologia; garantir cadeias curtas de produção e consumo e descentralização do abastecimento das cidades, entre outros pontos.

Maria Emília alertou que o Brasil vive a séria contradição de ter feito diminuir a quantidade de pessoas com fome, mas correndo o risco de ver aumentar a assistência, já que o crescimento dos monocultivos está “cercando” os agricultores familiares, indígenas e povos tradicionais. Estes têm cada vez mais dificuldade de acessar seus territórios – o que inclui terra e água limpa e abundante, sem contaminação por agrotóxicos. O levantamento realizado pelo Formad ilustra a necessária preocupação com a água. Em Barra do Bugres, área de expansão da cana-de-açucar em direção à Amazônia e dos rios da região da Bacia do Alto Paraguai, onde nascem os principais rios do Pantanal, a contaminação pela vinhaça e outros resíduos da produção do etanol se soma ao impressionante gasto de água: para atingir o montante esmagado na safra 2007/2008, por exemplo, foram gastos mais de 895 milhões de m³, o suficiente para abastecer por um ano 5,3 milhões de domicílios.

A reforma agrária fica pela metade

Entre os 56 participantes neste seminário de Sinop havia muitos agricultores assentados ou representantes de entidades que lutam pela reforma agrária. A região de Lucas do Rio Verde conta com grande número de assentamentos, onde estão também os problemas sociais mais graves da região. Segundo relatos dos agricultores e agricultoras, a monocultura inviabiliza a produção de alimentos de muitas formas. Entre as mais graves está a contaminação por uso de agrotóxicos pulverizados por aviões, que matam as lavouras das comunidades e deixam as famílias doentes. Os relatos também dão conta de entraves burocráticos para acesso a crédito e venda dos alimentos via programas de governo como PAA e PNAE, agravados pela falta de vontade num ambiente onde a economia e a política se confundem. Enumeram também questões estruturais, já que os assentamentos são muito distantes das cidades e as estradas precárias são mais um impeditivo para escoar a produção.

É o caso de Peixoto de Azevedo, município onde a soja “está chegando” como contou Edson Leite, do assentamento Renascer. “A cidade tem onze assentamentos, com 4.600 pequenas propriedades. No entanto, a agricultura familiar não tem uma economia forte, não tem prestígio e nem renda. Alguns motivos são a distância – temos assentamentos a 250 km da sede do município – e a falta assistência técnica. A questão ambiental é um problema comum, assim como falta de acesso ao crédito, que é muito burocrático. Mas quando a monocultura de soja chega, aí vemos as estradas e o asfalto também chegarem”, relatou.

O ‘modelo’ agronegócio se expande pela região

Na opinião de muitos no seminário, o problema é o governo beneficiar historicamente um modelo de agricultura – este do agronegócio. “A soja está se expandindo nessa região de Terra Nova e Alta Floresta [norte do Mato Grosso, fronteira com o Pará]. Este modelo é um ciclo. O gado está perdendo para a soja, se expandido para Santarém (PA). Esse modelo inviabiliza a agricultura familiar, todo o projeto de reforma agrária. No Mato Grosso tem muita terra pública utilizada pelo agronegócio”, afirmou Jefferson do Nascimento, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Fórum Teles Pires, sintetizando muitas falas.

Ele destacou ainda que o “modelo agronegócio” é algo muito maior que as enormes plantações. Está, por exemplo, no uso que querem impor aos rios da região. O depoimento de Jefferson faz lembrar os incentivos diretos e indiretos do governo ao agronegócio, dado também elencado no estudo do Formad. “O complexo de barragens pensado para a região já interfere nas nossas vidas. Estão sendo planejadas cinco hidrelétricas para o rio Teles Pires e mais seis no Tapajós. São para geração de energia, mas a pauta principal é a implantação de uma hidrovia para escoar grãos”, analisa.

Também na cidade o agronegócio se faz sentir como prova cada rua de cidades como Sinop. Este nome se deriva da sigla para Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná, empresa responsável pela colonização do norte de Mato Grosso por agricultores do norte do Paraná na década de 1970. A colonização imposta com modelo ‘de fora’ gerou uma cidade com paisagem peculiar. Ali não se vê espaço para a pobreza, seja porque a monocultura de soja não gera, sequer, promessa de emprego, seja porque, conforme relatos ouvidos na região, trabalhadores ambulantes, por exemplo, são expulsos. As ruas largas são para os carros (e muitas camionetes enormes), sem ciclovias (apesar da grande quantidade de ciclistas) e com raríssimos ônibus. O comércio central tem como marca a grande quantidade de agências bancárias e também se assemelha aos shoppings centers das grandes cidades. Há lojas de roupas importadas e muito caras, joalherias e concessionárias de carros. A chegada a Sinop já aponta para o que querem fazer parecer como ‘vocação local’, com um sem-número de lojas para o agronegócio. Vendem-se químicos, sementes, maquinário e uma suposta beleza das paisagens ao redor, onde a diversidade do Cerrado foi destruída em função dos quilômetros de uniformidade e vazio impostos pelo agronegócio.

[Veja a carta dos participantes do seminário de Sinop: Medidas necessárias à melhoria da qualidade de vida das populações residentes na Região Médio Norte do Estado do Mato Grosso]

*Com informações de Caio B.O.B. , jornalista do FORMAD.

** Livro, cartilha e DVD com o filme estão disponíveis na internet e impressos. Para mais informações, entre em contato.

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Faça parte da ENFF: entre na associação de amigos da escola do MST

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Notícias do Brasil

por Joao Pedro Stedile, Erivan Hilario e Igor Fuser*

Vocês têm acompanhado nossas atividades na luta pela Reforma Agrária e por uma sociedade brasileira com mais igualdade nesses anos todos. A formação político-ideológica e o processo educativo é tão importante para o MST quanto conquistar a terra para trabalhar e produzir alimentos.

Por isso, estamos enviando uma proposta (clique aqui) para que você se engaje no nosso movimento, ajudando nos processo formativos e na manutenção da Escola Nacional Florestan Fernandes.

Preencha e ficha e envie para associacao@amigosenff.org.br

Estamos pedindo sua participação e solidariedade. Contamos com vocês!

Um forte abraço, em nome de toda militância do MST e dos movimentos sociais brasileiros.

* Joao Pedro Stedile é da coordenação Nacional do MST e da Via Campesina,  Eriva Hilario é do coletivo de Direção daENFF e  Igor Fuser é presidente da Associação de Amig@s da ENFF.

Abaixo, saiba mais da ENFF
Trajetória de construção e manutenção de uma escola de formação no século 21

A Escola Nacional Florestan Fernandes é uma escola de formação de quadros.  Ela é dirigida  pelos militantes/educadores populares do MST, mas realiza cursos para toda militância dos movimentos sociais brasileiros e de toda America Latina.   Seu nome é uma homenagem a um dos maiores pensadores brasileiros que tinha como principio colocar os conhecimentos científicos a serviço da libertação da classe trabalhadora brasileira, e por isso expressa a síntese da vocação da escola: Florestan Fernandes!

Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo) foi inaugurada em 23 de janeiro de 2005 e  foi construída ao longo dos anos de 2000 e 2004, graças ao trabalho voluntário de mais mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Sua missão histórica é a de atender às necessidades da formação de militantes de movimentos sociais e organizações que lutam por um mundo mais justo.

Os recursos para a sua construção foram obtidos com a venda de fotos de Sebastião Salgado e do livro Terra (fotos de Sebastião Salgado, texto de José Saramago e música de Chico Buarque) e mediante a contribuição de entidades da classe trabalhadora do Brasil, da América Latina e de várias partes do mundo.

Sua manutenção e funcionamento são assegurados pelo apoio de solidariedade nacional e internacionais.    A Escola mantem o principio que não deve receber recursos governamentais, para manter a autonomia político-ideológica de fidelidade apenas à classe trabalhadora.

A escola desenvolve seus cursos e atividades sempre baseado no principio da solidariedade e da participação de todos.
Assim, todos os professores que nesse período passaram por La dando aulas sempre o fizeram de forma militantes.   Todos os trabalhadores que moram na escola o fazem de forma militante.  E todos os trabalhos de manutenção da escola são realizados com  a participação dos próprios estudantes, como um processo autogestionário e do método educativo.

Alguns cursos superiores e de pós-graduação são realizados em parcerias com universidades publicas brasileiras, como tem ocorrido com a UNESP e a UNB.

A escola mantêm dois cursos latino-americanos  para estudantes de todo continente e da  Europa, dentro da perspectiva de fortalecido da integração popular continental, nos marcos da ALBA.   E diversos movimentos sociais brasileiros realizam suas atividades formativas nos espaços da escola assumindo suas próprias despesas.

Veja a seguir algumas informações básicas sobre o funcionanento da ENFF.

1. Um território autônomo de formação da classe trabalhadora

A escola está erguida sobre um terreno de 120 mil m2, com instalações de alvenaria de tijolos fabricados pelos próprios trabalhadores. O projeto arquitetônico, oferecido voluntariamente, teve como princípio causar o menor dano ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, propiciar o melhor resultado para o sujeito da escola: trabalhadores, alunos, assessores e visitantes.

Ao todo, são três salas de aula, que comportam juntas até 200 pessoas, um auditório, dois anfiteatros, uma biblioteca com 40 mil livros (obtidos por meio de doação), com espaço de leitura e ilha de edição. Além disso, a escola conta com quatro blocos de alojamento, refeitórios, lavanderia, estação de tratamento de esgotos e casas destinadas aos assessores e às famílias de trabalhadores que residem na escola. Dispõe, ainda, de horta e pocilga que produzem para consumo local, e árvores frutíferas espalhadas pelo terreno. Para o lazer, oferece um campo de futebol gramado e uma quadra multiuso coberta.

O seu uso demanda a dedicação integral de 35 trabalhadores militantes residentes no local, de todas as áreas (administrativa, pedagógica, infraestrutura elétrica, sanitária e outros). Todos os que frequentam os seus cursos se encarregam da limpeza, dos cuidados com a horta e outros trabalhos de manutenção.

A ciranda infantil, espaço educativo para os filhos dos trabalhadores e ou dos estudantes que lá acorrem, se chama “Ciranda Infantil Saci Pererê” e oferece um ambiente sadio e cuidadoso às crianças, enquanto seus responsáveis, principalmente as mães, estudam e/ou trabalham.   Saci Perere foi escolhido com um concurso interno entre amigos e militantes do MST e representa o símbolo folclórico de nossa nacionalidade.

2. O TRABALHO EDUCATIVO

Nesses anos de sua existência, de 2005 e 2012 passaram pela escola mais de vinte mil militantes dos movimentos sociais do campo e da cidade, de todos os Estados do Brasil e de outros países da América Latina e da África.

A escola tem recebido o apoio de mais de 500 professores voluntários – do Brasil, da América Latina e de outras regiões –, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos.

A  ENFFF  é associada  CLACSO,  como espaço de parceria com inúmeras experiências de formação superior da America Latina.     Também tem feito parceiras com inúmeras entidades do Brasil e do Exterior para o desenvolvimento de seminários, cursos e atividades formativas.

Se realizam na escola inúmeras formas e cursos diferentes.  Há encontros e seminários temáticos de curta duração.   Há cursos de formação de militantes desenvolvidos em várias etapas.   Há cursos superiores em convenio com universidades, e há também cursos de especialização e de posgraduação em convênios com universidades e/ou desenvolvidos por movimentos com outras parcerias.

Como parte do método pedagógico, a escola possue um coletivo pedagógico (CPP) permanente, responsável  pela realização dos cursos planejados.  Mas em cada curso ou atividade se constitui uma CPP especial, com participação dos próprios estudantes e professores, para autogestionarem as atividades formativas.

A escola possui um espaço de produção hortigranjeira, na qual os estudantes também se inserem como parte do trabalho-estudo educativo.

Temos orgulho de já termos recebido como professores visitantes ilustres pensadores do pensamento critico mundial, que contribuíram com a escola, como:  Istvan Mezaros, Eduardo Galeano, Aleida Guevara,  Ignacio Ramonet,  jean Ziegler, Walter Salles, Ana Esther Cecena,  Isabel Mona, Isabel Rauber, Francois Houtart,  Fernando Martinez, Armando Bartra, Marta Harnecker, Michel Lowy,  Claudio Kartz, Richard Gott, Carlos Barrientos, entre outros..

3. PARTICIPE DA LUTA EM DEFESA DA ENFF

Em dezembro de 2009, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a “Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes”, com os seguintes  objetivos:

  • divulgar as atividades da escola, por todos os meios possíveis;
  • iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios;
  • promover atividades e campanhas de solidariedade para angariar recursos, incluindo  doações de livros, revistas, publicações e material audiovisual para a Biblioteca da ENFF;
  • apoiar e incentivar o desenvolvimento de projetos de educação e escolarização de crianças, jovens e adultos do campo, da cidade, das comunidades indígenas e quilombolas, bem como projetos contra as discriminações de raça, cor, gênero, sexo e religião;
  • desenvolver parcerias específicas com instituições e entidades que atuem na área da formação e educação;
  • viabilizar projetos que estimulem estudos acerca da tradição do pensamento crítico;
  • estimular intercâmbio de atividades de formação do Brasil com a América Latina e com outros continentes.

4. PRECISAMOS DE SEU APOIO E PARTICIPAÇÃO:

Para se tornar associado, é indispensável preencher da ficha de adesão com o compromisso de contribuir regularmente com um valor mínimo mensal de R$ 30,00, ou com contribuições solidárias de qualquer valor.

Os recursos angariados pela Associação serão diretamente destinados às atividades da escola. Eventualmente, parte desses recursos poderá ser usada na organização de outras atividades (seminários, mostras de arte e fotografia, festivais de música e cinema etc), cujos recursos também serão destinados à ENFF.

Se você ainda não conhece,  poderá fazer uma pessoal ou coletiva de forma monitorada à ENFF, organizada periodicamente por nossa associação.
A associação organiza visitas  coletivas  um sábado por mês.
Você sentirá orgulho de pertencer ao grupo de colaboradores que viabilizará o projeto ENFF.

Para obter mais informações sobre como participar e contribuir, procure a secretaria executiva: Rua da Abolição nº 167 – Bela Vista – São Paulo – SP – Brasil – CEP 01319-030
Telefones: (55.11) 3105-0918– 99454-9030
associacao@amigosenff.org.br
www.amigosenff.org.br

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Campanha recebe doações para publicar informativos sobre agrotóxicos

quarta-feira 24 julho 2013 - Filed under Campanha Contra os Agrotóxicos

Fundo financeiro será utilizado para publicar materiais direcionados à sociedade que alertam sobre os males gerados pelos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde

logo_agrotoxicos1Com o objetivo de alertar sobre os males causados pelo uso de agrotóxicos, tanto na saúde quanto no meio ambiente, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida realiza uma mobilização para arrecadação de contribuições financeiras para a publicação de materiais informativos direcionados à sociedade. As publicações serão entregues em escolas, universidades, postos de saúde e em setores da sociedade civil organizada.

As contribuições devem ser feitas através de depósito ou transferência bancária, em uma conta administrada pela Secretaria Operativa Nacional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, até o dia 30 de julho de 2013. As pessoas que depositarem e quiserem se identificar, devem enviar o comprovante de depósito para o e-mail contraosagrotoxicos@gmail.com. Após o fim da mobilização de arrecadação financeira, a Campanha fará um documento de prestação de contas que será enviado a todas as pessoas que contribuíram e se identificaram.

A Campanha acredita que essas publicações contribuirão para o fortalecimento da consciência social em relação aos problemas gerados pelo uso abusivo de agrotóxicos e plantio de sementes transgênicas. “Queremos aproveitar este momento em que o povo sai às ruas para reivindicar seus direitos e, assim, poder distribuir materiais à sociedade com o objetivo de informá-la”, diz a organização.

O Brasil é o primeiro colocado no ranking mundial do consumo de agrotóxicos. De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola, mais de um milhão de toneladas (equivalente a mais de 1 bilhão de litros) de venenos foram jogados nas lavouras em 2009 e, nos anos seguintes, esse número só aumentou.

Dados bancários para as contribuições

Instituição bancária: Banco do Brasil

Agência: 2901-7

Conta corrente: 33.153-8

Titular: Associação Nacional da Agricultura Camponesa – ANAC.

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