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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro
A comunidade Vila Autódromo, localizada na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro, sofre novamente pressões por parte do Estado para a sua remoção. A área habitada em seus primórdios por uma comunidade de pescadores, segundo informam antigos moradores foi uma das primeiras comunidade caiçaras do Brasil, hoje consta com cerca de 1300 moradores.
Quem caminha pelas suas ruas vê nos muros das casas as marcações (pichações gastas com a insígnia “SMH” seguida de um número) que registram a tentativa de remoção da comunidade em 1993 durante o governo de César Maia. Na época, o subprefeito da região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá era ninguém menos que Eduardo Paes, atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro.

Passados cerca de 19 anos o valor do imóvel na região cresce a passos largos.
Em 2009, já na semana seguinte ao anúncio pelo Comitê Olímpico Internacional da eleição do Rio de Janeiro como sede das Olimpiadas 2016, registravam-se aumentos na procura por imóveis na região. Segundo dados do SECOVI-RJ (Sindicado da Habitação do Rio de Janeiro) apenas entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010 os imóveis de 1 quarto localizados na Barra da Tijuca e Jacarepaguá subiram seus valores respectivamente em 36,81% e 48,83%.
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A empresa TKCSA está me processando por denegrir sua imagem e solicita dano moral. Parece até piada, uma empresa imoral que mata e continuará matando pelos danos à saúde que causa às pessoas e ao ambiente, preocupada com sua imagem. Diante de todos os crimes e irregularidades desta empresa, esta atitude não me supreende, pelo contrário, é bem previsível e coerente com seu padrão de coersão, covardia e falta com a verdade.
Minha atuação aumentou após a Missão Santa Cruz, pois comecei a mobilizar médicos do Pedro Ernesto para emitirem laudos que mostrassem o nexo causal das doenças e a presença da empresa, ou seja, a poluição atmosférica e hídrica que esta causa. Trouxe vários indivíduos de Santa Cruz para serem atendidos no Pedro Hernesto, até porque a saúde local não funciona ou é intimidada pela empresa.
Essa empresa esta agindo de má-fé para tentar me calar, porém adianto que não me calarei e nem me curvarei diante dos poderosos do capital. Dinheiro nenhum manchará minha dignidade. Sou aparentemente calma e tranqüila, mas intimamente apaixonada e cheia de grandes sonhos e convicções profundas, sonhos desinteressados, porque nunca fui ambiciosa, mas tenho consciência de meus atos, inclusive os políticos e suas conseqüências. Primeiro foi o Alexandre Pessoa Dias e Hermano de Castro, agora eu, quem será o próximo? Sinto-me orgulhosa com este processo, pois é conseqüência do nosso bom trabalho contra-hegemônico, porém é desproporcional. Todavia estão sinalizando que alguma coisa eu fiz e é exatamente porque estou sendo processada. Conclamo aos amigos que partamos para uma ofensiva coletiva. Então, que se preparem…
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2011-10-26 ::
alantygel //
Notícias do Rio
#OcupaRio
Interações artísticas surgiam espontaneamente. Pessoas recitavam poesias em cima dos bancos da praça enquanto os outros repetiam, um maracatu começou a estremecer a praça, os mascarados do teatro de operações assaltaram nossos olhares, luta livre de políticos fantasiados, rituais com televisões quebradas, guerra de balões d’água, muita música espontânea saindo dos pífanos e outras variedades. Não parava de chegar gente, já devíamos ser mais de 300 e a chuva decidiu não cair para dar uma força.
A noite chegou, os ânimos se acalmaram, o acampamento foi ficando mais organizado e retomamos a assembleia popular, agora bem mais cheia. Os GTs apresentaram seus trabalhos cheios de amor e disposição, os espaços estavam definidos, cozinha, pontos de reciclagem do lixo, bazar de trocas livres, tenda de apoio com internet e a sementeira radiofônica. Formamos equipes e turnos para guardar o acampamento por toda a madrugada.
Depois da assembleia, mais festa na nossa praça e muita conversa boa entre nós, indignados desconhecidos que, aos poucos, vamos nos reconhecendo cada vez mais. Dormimos juntos e felizes na praça, arrepiados com a realidade desse dia lindo que os jornais não noticiarão. O medo que a mídia tenta impôr não nos atinge, sonhamos juntos e queremos viver outra realidade o mais rápido possível. Por aqui e com nossos irmãos pelo mundo afora!
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A Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) recebeu entre os dias 17 e 21 o segundo módulo da Oficina Nacional de Formação Política e Economia Solidária. Ao mesmo tempo, está ocorrendo até o mês de novembro a quinta edição do curso de teoria política Latino-Americano. Juntos na escola, estiveram os 120 militantes vindos de 20 países e mais 50 militantes da Economia Solidária vindos de todos os estados do Brasil.
O objetivo da Oficina de Formação Política e Economia Solidária é aprofundar a leitura política e apropriação das deliberações e acúmulos do movimento de economia solidária, consolidando o projeto político do movimento de economia solidária, e para isso, considerou-se fundamental que fosse realizado na ENFF. Os participantes da oficina são educadoras e educadores de todo o Brasil, que saem da escola com a tarefa de pautar a formação política nos fóruns locais de economia solidária, através do Centro de Formação em Economia Solidária.
O Boletim do MST entrevistou participantes dos dois cursos. Sandra Lopes, do equador, veio para o curso Latino-Americano, mas passou um dia na oficina de economia solidária, dado que seu país é uma referência em legislação sobre economia solidária: “O objetivo do curso é que nós da esquerda latino-americana possamos nos fortalecer não só na prática, mas também na teoria.”
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Marabá/PA hospedou nos dias 1 e 2 de outubro de 2011 o Primeiro Encontro das Juventudes Atingidas pela Mineração. cerca de duzentos jovens de vários municípios de Maranhão e Pará confrontaram-se a respeito dos diversos impactos provocados pela cadeia de mineração e siderurgia na região e buscaram alternativas. Algo novo está nascendo entre os jovens desses dois estados.
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O comitê RJ da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida aproveitou o dia mundial da alimentação (16/10) para realizar o seu terceiro encontro de formação. Desta vez, o assunto foram as doenças causadas pelos agrotóxicos. Na parte da manhã foram abordados aspectos laterais às doenças, como classificação toxicológica, medidas e sistemas de notificação. Após o almoço, discutiu-se as doenças em si, com a apresentação do estudo da pesquisadora Silvana Rubano (ENSP/Fiocruz) sobre o assunto.
Dada a gravidade do assunto, o grupo optou por começar o dia com uma mística animadora. Após cantar a música Xote Ecológico, de Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga, o grupo cantou o recém composto Xote Agroecológico, de Igor Conde. A primeira música, composta em 1989, um ano após o assassinato de Chico Mendes, traz uma visão bem pessimista sobre os efeitos da ação do homem sobre a natureza. Já a nova versão traz um alento a todos nós que acreditamos num futuro agroecológico.
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Chegando ao local onde aconteceria o 14º Encontro Estadual dos Sem Terrinha, na Escola Técnica Estadual Agrícola Antônio Sarlo, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, o clima de brincadeiras imperava. A descontração era apenas o pano de fundo daquela jornada, que não demorou nada para demonstrar a luta das crianças que não paravam de correr, cantar, dançar e jogar bola.
Sempre arrumadas em roda, conduzidas pelas equipes, elas entoavam canções e gritos de ordem que soavam como lemas de vida, em coro pela melhoria da situação no campo: “Por escola, Terra e Alimentos Sem Veneno”, era o tema do evento, único encontro destinado exclusivamente às crianças e ao debate dos ideais camponeses. A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida esteve presente e pode aprender e ensinar valores, em uma troca que parecia não ter fim.
No domingo (9) pela manhã aconteceram as principais discussões em torno da luta contra o fechamento das escolas e os agrotóxicos. A equipe ligada à Campanha conversou com as crianças no espaço de formação; realizou um teatro sobre os males da utilização de substâncias tóxicas na produção e no consumo dos alimentos; e um debate, que definiu o que seria alimentação ideal: saudável e sem venenos. Uma das propostas levantadas foi sobre a merenda escolar. Os pequenos sugeriram que nos colégios o consumo de comida viesse de pequenos agricultores, o que reduziria a quantidade de tóxicos ingerida por eles.
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Em setembro de 2011, alguns jovens tiveram a ideia de acampar em Wall Street, uma rua de Nova York, famosa por abrigar as maiores corporações financeiras do mundo, para exigir que os financistas devolvam o que haviam roubado.
Eles não receberam muita atenção. E uns dias depois, a polícia tentou despejá-los. Foi quando os holofotes se voltaram ao grupo e então já era uma multidão de caras e vozes ocupando a praça.
Com a convocatória mundial para ocupações no dia 15 de outubro, vem um novo fôlego, com sindicatos e grupos organizados se juntando à ocupação. Talvez o “Occuppy Wall Street” não seja a maior ocupação do mundo, não tenha mais pessoas, talvez não seja a mais organizada. Mas é a que está no coração financeiro do capitalismo.
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Os Sem Terrinhas participam em todo o país de atividades para cobrar escolas nos assentamentos e acampamentos.
O Dia das Crianças é um dia de luta em defesa dos direitos dos Sem Terrinhas, especialmente à educação.
As crianças participam de atividades no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Maranhão. Até o final do mês das crianças, acontecem mobilizações em todos os estados.
No campo brasileiro, existem milhares de crianças, jovens e adultos que têm seus direitos fundamentais negados pelo Estado.
Um dado alarmante é que mais de 24 mil escolas do campo foram fechadas nos últimos oito anos, em uma realidade onde a maioria das escolas que existem estão em condições precárias.
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