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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro
sábado 14 fevereiro 2015
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Notícias do Brasil
Devido à gravidade que afeta o país e a classe trabalhadora, desde que a Petrobrás passou a ser atacada por setores da sociedade que se opõe ao governo e, que apoiados pela mídia golpista, ameaçam o Brasil com a desestabilização da ordem democrática, a FUP junto a CUT, realizará um grande ato que dará inicio à campanha em defesa da Petrobrás e do Brasil.
O ato será no dia 24 de fevereiro, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde será lançado o manifesto em Defesa da Petrobrás e do Brasil, com a presença de movimentos sociais, sindicais, artistas e intelectuais que, na atual conjuntura, mais uma vez vão se unir para defender o interesse de milhões de trabalhadores brasileiros.
A Petrobrás é nossa, pertence ao povo brasileiro. Foi conquistada na luta e será defendida na luta. Jamais aceitaremos sua privatização. Seus recursos devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação. Corrupção se combate com Reforma Política e esta se faz através de uma Constituinte Exclusiva e Soberana em relação ao poder econômico, aos partidos e ao governo. Todos à luta!
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2015-02-14 ::
alantygel
sábado 14 fevereiro 2015
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Notícias do Brasil
Movimento teve início à zero hora desta sexta, 13, na Bacia de Campos
A categoria petroleira de todo país está de luto e em luta pela vida. Durante 24 horas vão se mobilizar para mostrar sua insatisfação com as mortes que estão acontecendo no sistema Petrobrás, em especial a que vitimou cinco trabalhadores que estavam a bordo do FPSP São Matheus, no Espírito Santo.
Na Bacia de Campos, acontece uma paralisação de PT por 24 horas. A zero hora de hoje, 13, algumas plataformas deflagraram o movimento e outras estão realizando assembleias de adesão agora pela manhã.
Durante essas assembleias, o Sindipetro-NF orienta que a categoria debata sobre a insegurança a bordo e a respeito do processo de terceirização de sua unidade, discriminando em ata o percentual de trabalhadores da Petrobrás a bordo.
O Sindipetro-NF tem denunciado recorrentemente o crescimento da terceirização na Petrobrás. Mesmo com o crescimento da contratação direta da mão de obra, com a retomada recente dos concursos públicos para a empresa, a relação entre próprios e terceirizados ainda é alarmante: são cerca de 86 mil empregados diretos da Petrobrás, para aproximadamente 300 mil indiretos.
Somado a isso, a política de afretamento, quando a Petrobrás contrata um navio e toda uma tripulação para operar em seu lugar na atividade fim (produção de óleo e gás), e mantém, quando muito, um empregado próprio na fiscalização, foi crescente nos últimos anos e o Sindipetro-NF tem informações de que a empresa tem planos de ampliá-la também na Bacia de Campos — substituindo plataformas próprias por navios afretados.
Evidente que acidentes também ocorrem em unidades próprias e atingem empregados diretos da Petrobrás, como ocorreu em 2001 com os 11 mortos da plataforma P-36, mas a vulnerabilidade que envolve a terceirização eleva em muito o risco e os dados assim o demonstram. Desde 1995, ainda não contabilizados os mortos da atual tragédia do Espírito Santo, 344 petroleiros morreram em razão de acidentes nas instalações da Petrobrás, destes, 64 eram próprios e 280 terceirizados.
Pelo país
Os petroleiros do Espírito Santo, onde o último acidente aconteceu, fizeram corte de rendição e realizam agora um trancaço no aeroporto de Vitória, com a presença do Coordenador da FUP José Maria Rangel. Na Regap, também houve corte de rendição às 23h45 e pela manhã foram aprovadas mais 8 horas de corte. Na Abreu Lima em Pernambuco, o corte de rendição acontece desde zero hora.
Ontem, os trabalhadores da Replan (Refinaria de Paulínia) entraram em greve. O movimento foi deflagrado na entrada do turno das 15h30. E hoje os funcionários do setor administrativo não entraram na empresa. Outras bases do Unificado de São Paulo estão aderindo ao movimento.
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2015-02-14 ::
alantygel
domingo 1 fevereiro 2015
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Notícias do MST Rio
A VI Feira Estadual da Reforma Agrária do Rio de Janeiro passou, mas ainda é possível levar para casa alguns dos produtos da CooperOeste. Leite Condensado e o Achocolatado, laticínios produzidos pelas cooperativas e assentados da Reforma Agrária, estão disponíveis no Rio de Janeiro para compra no varejo e no atacado. Para adquirir é só preencher o formulário abaixo ou entrar em contato com a Secretaria Estadual do MST no RJ.
http://e.eita.org.br/produtosdareformaagraria
Secretaria Estadual do MST/RJ
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2015-02-01 ::
alantygel
sexta-feira 30 janeiro 2015
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Sem categoria
Agendas MST 2015 à venda!
Endereço: Av Presidente Vargas, 502/7 andar.
Horário: 10h as 12h e 14h às 17h.
Telefone: 2263-8517
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2015-01-30 ::
alantygel
quinta-feira 22 janeiro 2015
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Notícias do Brasil
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Para integrante do MST número poderia ser maior, se houvesse investimento dos governos municipais. Feiras agroecológicas têm se tornado espaços de diálogo com a população sobre a produção de alimentos saudáveis.
Em todo o país, existem 5.119 feiras livres em 1.176 municípios. O dado faz parte de um levantamento feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que ainda apontou a existência de 1.331 feiras agroecológicas em 624 municípios. De acordo com a pesquisa, a maioria das feiras livres (83%) tem periodicidade semanal. O mapeamento foi realizado em 1.628 municípios, além de 23 estados e do Distrito Federal.
Para a integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Luana Carvalho, esses números poderiam ser ainda maiores. Ela destaca que falta investimento por parte dos governos municipais.
“Os municípios ficam muitas vezes com o compromisso de ceder o espaço, mas não investem em nenhuma política pública na construção e na organização dessas feiras. Muitas feiras que existem nos municípios daqui do Rio de Janeiro que eu vejo são garantidas através de projetos federais e também muitas garantidas através dos próprios agricultores”
Luana ainda ressalta a importância das feiras agroecológicas como espaços de diálogo com a população sobre a produção orgânica de alimentos, sem uso de agrotóxicos.
“Esse contato direto que os produtores conseguem ter nessas feiras locais com os consumidores é um momento não só de venda dos produtos, mas também de divulgação da agricultura familiar, pra dizer também que a agricultura familiar produz alimentos saudáveis para população.”
O levantamento também revelou a existência de 951 mercados públicos ou populares em 621 municípios.
Atualmente, o Brasil possui 5570 municípios. Os municípios participantes da pesquisa correspondem a 56,8% da população brasileira.
De São Paulo, da Radioagência BdF, Daniele Silveira.
20/01/15
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2015-01-22 ::
alantygel
domingo 28 dezembro 2014
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Notícias do MST Rio
No final da VI Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, o simbolismo da união entre trabahadoras e trabalhadores do campo e da cidade. Foto: Rafael Daguerre
Companheiras e companheiros,
No final de mais um ano de lutas, é tempo de relembrar os principais acontecimentos de 2014 e entender o que nos espera no próximo ano.
2014 foi um ano intenso.
Logo no início do ano, o MST mostrou sua força no VI Congresso Nacional, onde mais de 15.000 Sem Terras se reuniram para afirmar a luta pela Reforma Agrária Popular e comemorar os 30 anos do movimento. Também no início do ano, participamos das atividades da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, realizada no Brasil e no mundo.
Ainda que a reforma agrária não tenha avançado em nada no país, no estado do RJ, 2014 foi um ano surpreendente. Depois de 6 anos sem conquistas de novas áreas, 3 novos assentamentos foram criados. O primeiro deles foi o assentamento Osvaldo de Oliveira, em Macaé, onde as famílias aguardaram por 4 anos, tendo sofrido uma série de despejos violentos. Em seguida, foram os Sem Terra do Irmã Dorothy, em Quatis, que comemoraram a conquista da terra, após 9 anos de espera. E no apagar das luzes de 2014, a Fazenda Poço das Antas, em Silva Jardim, foi desapropriada em dezembro, e passa a ser o assentamento Sebastião Lan II. Lá, as famílias 79 famílias aguardaram por 15 anos.
Ainda na esperança de ver a Terra Conquistada, os Sem Terra do acampamento Marli Pereira da Silva festejaram 5 anos da ocupação.
Mas nem só de festa viveu 2014. A repressão aos protestos durante a Copa do Mundo, que teve seu auge no dia da final, motivou uma carta de repúdio escrita pelo MST.
Até 2013, a Feira Estadual da Reforma Agrária era realizada uma vez por ano. Em 2014, concretizamos um sonho de todo o MST, e especialmente de Cícero Guedes: a Feira aconteceu em duas edições, em julho e dezembro, conseguindo assim avançar no diálogo com a sociedade através da venda de alimentos saudáveis vindos das áreas de reforma agrária do Rio de Janeiro. Desta forma, buscamos mostrar para o povo da cidade que a reforma agrária deve ser uma luta de todas e todos. Mais uma vez, as feiras foram um sucesso tanto para os camponeses, quanto para os trabalhadores do centro do Rio do Janeiro.
No dia internacional da Mulheres, estivemos presentes nas mobilizações da capital, e as mulheres do MST receberam uma linda homenagem do grupo Samba Brilha. Marina dos Santos, dirigente do MST no Rio, também recebeu uma homenagem, da Escola da Magistratura do Estado do Rio. No mês de outubro, reunimos nossos Sem Terrinha por Terra, Escola, Saúde, Educação e Internacionalismo em Cabo Frio. E no dia internacional de luta contra os agrotóxicos, estivemos na Cinelândia para denunciar o uso de venenos no Brasil e dizer que é possível produzir alimentos saudáveis para alimentar o povo, através da agroecologia. Outro momento marcante do ano foi a formatura da turma Cícero Guedes, no assentamento Osvaldo de Oliveira. As camponesas e camponeses foram alfabetizados pelo método cubano “Sim, eu posso!”.
O ano de 2015 se apresenta quente. Congresso conservador, aumento da bancada ruralista e Kátia Abreu no Ministério da Agricultura são apenas alguns dos apertivos. Neste contexto, não nos resta outra alternativa, e como afirmou o dirigente nacional, Jaime Amorim, “2015 será o ano de retomar as grandes mobilizações pela Reforma Agrária”.
Contamos com o companheirismos de todos e todas as amigas do MST, para numa só voz gritarmos: Lutar, construir Reforma Agrária Popular.
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2014-12-28 ::
alantygel
quarta-feira 17 dezembro 2014
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Notícias do MST Rio
por Maria Amarela
Foi realizada no dia 06 de dezembro de 2014 a formatura da turma de adultos de alfabetização no Assentamento Osvaldo de Oliveira em Macaé – RJ. Turma Cícero Guedes, nome escolhido pela turma para homenagear um grande companheiro de luta assassinado em Campos do Goytacazes, em 25 de janeiro de 2013.
Esta foi a primeira turma no Estado do Rio de Janeiro a se formar pelo método de alfabetização cubano Sim, Eu Posso, método este que foi compartilhado pelo governo cubano com o MST. O projeto foi aplicado em mutirão organizado pelo Setor de Educação do MST-RJ durante quatro meses de atividades com vários colaboradores/educadores: UFF de Rio das Ostras, integrantes de outros setores do próprio MST, e que também estiveram presentes na formatura.
O método foi adaptado do espanhol para o português com ajuda do governo cubano, militantes do MST e os atores Tuca Moraes e Chico Díaz. Tuca esteve presente na formatura homenageando e emocionando a todos com a declamação da Carta Aberta das Mães Sem Terra. Outra fala que muito emocionou foi da formanda Dona Delira: “- Não conhecia nem o A, agora conheço…” E concluiu agradecendo ao MST a oportunidade de, finalmente, ser alfabetizada.
Sem as letras não podemos escrever REVOLUÇÃO. Mas agora: “Sim, Nós Podemos!”
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2014-12-17 ::
alantygel
terça-feira 16 dezembro 2014
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Notícias do MST Rio
Por Maura Silva
Da Página do MST
Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST em Brasília, recebeu na noite desta quarta-feira (10), a medalha da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à sociedade brasileira e ao poder judiciário.
O juiz e membro do fórum de Direito e Psicanálise da EMERJ, Rubens Casara, ressaltou a importância de homenagear uma figura que representa a Reforma Agrária, uma das lutas mais legítimas e urgentes do país.
“A Marina sempre esteve presente na EMERJ, foi pioneira em um dos nossos cursos que buscava priorizar a função social da magistratura. Por nos trazer a questão agrária, bandeira levantada pelo MST, ela colaborou com a formação de juízes mais comprometidos com o povo brasileiro e suas lutas”.
Casara afirmou que a escolha de Marina também representa a atenção da magistratura pelas lutas do campo, palco histórico das desigualdades sociais brasileiras.
“Não podemos pensar em reforma de um projeto constitucional sem falar em Reforma Agrária. Isso é fator determinante para que possamos avançar em outras esferas de luta. Entender isso é legitimar a questão da terra no país”, finaliza.
Para Marina, o reconhecimento da magistratura do Rio de Janeiro representa uma vitória na luta do Movimento perante o tribunal conservador brasileiro.
“É o reconhecimento de uma luta árdua. Criar espaços dentro de setores conservadores como a magistratura brasileira é fundamental para que possamos seguir firme com o nosso propósito. A Reforma Agrária é demanda urgente desse país, e, para tanto precisamos do apoio de todas as esferas políticas, jurídicas e sociais”, diz.
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2014-12-16 ::
alantygel
quarta-feira 10 dezembro 2014
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Notícias do MST Rio
Terminou nesta quarta (10) a 6a edição da Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Evento chama a atenção à necessidade da reforma agrária no dia internacional dos Direitos Humanos.
por Alan Tygel
Foto: Pablo Vergara
Coco, abacaxi, aipim, jiló, quiabo, batata doce, milho, abobrinha, berinjela, limão, pimentão, pães, bolos, doces, pamonha, tapioca, leite, queijo, laticínios, café, cachaça, graviola… A lista é grande, assim como foi grande a VI Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Cerca de 150 camponesas e camponeses ocuparam o Largo da Carioca durante 3 dias para comercializar mais de 70 toneladas de produtos vindos dos 17 assentamentos de reforma agrária do estado do Rio de Janeiro, e também de Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A feira é organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e com apoio do Sindipetro-RJ. A tenda de 500 m2 montada no Largo da Carioca atraiu a atenção de aproximadamente 70 mil pessoas durante os três dias. “A receptividade das trabalhadoras e trabalhadores do centro do Rio é muito grande. O pessoal já está acostumado com a feira, e sempre nos pede para fazermos ela mais vezes aqui”, afirma Marina dos Santos, da coordenação do MST.
Neste sentido, o MST vem dialogando para que a feira seja reconhecida como de interesse cultural e social da cidade do Rio de Janeiro. Andreia Matheus, coordenadora da feira, avalia que ela cumpriu seu papel: “Conseguimos mais uma vez fazer o diálogo com sociedade carioca, que é o nosso objetivo principal. Viemos mostrar para o povo da cidade quem é que produz os alimentos saudáveis que chegam na nossa mesa, e é por isso que a Reforma Agrária tem que ser uma luta de todos”, afirma.
Foto: Pablo Vergara
No estado do Rio de Janeiro, o MST está presente em 17 assentamentos distribuídos nas Regiões Norte, Sul e Baixada Fluminense, além Região dos Lagos. E é de lá que vem a produção 100% agroecológica do Assentamento Osvaldo de Oliveira, um dos mais recentes do RJ. Mesmo antes de completar um ano com a posse da terra, os assentados trouxeram frutas, feijão e milho produzido com sementes crioulas. Hoje, praticamente toda a produção industrial de milho no Brasil é transgênica, contém altas doses de agrotóxicos e causa diversos problemas de saúde.
A Reforma Agrária e o Direito Humano à Alimentação Saudável
No dia Internacional dos Direitos Humanos, Marina dos Santos vê a luta pela terra como parte da luta por direitos humanos: “Para ter direito à terra e à alimentação saudável, é só com luta, organização e muita resistência. Por isso fazemos a nossa feira sempre no dia 10 de dezembro. O agronegócio nos nega o direito à alimentação saudável, e quem produz alimento saudável são as camponesas e camponeses deste país”, comenta.
Dentro das estratégias da Reforma Agrária Popular defendida pelo MST, as cooperativas e agroindústrias dos assentamentos cumprem um papel fundamental no fortalecimento da luta camponesa. Estiveram presentes na feira 3 cooperativas do Rio de Janeiro: Coopaterra, da Baixada e Sul Fluminense, e Coopscamp e Coopamab, do Norte Fluminense. De Minas, vieram a Cooperarca, da Zona da Mata, e Asfapsul, do Sul de Minas. Do Sul, vieram os laticínios da Cooperoeste, de Santa Catarina, e o suco de uva da Cooperativa de Sucos Monte Veneto. O Espírito Santo também participou com as Cooperativas Coopalmares e Coopterra, de São Mateus.
Assim como o projeto da Reforma Agrária Popular não se restringe à luta pela terra, a feira também debateu outros assuntos trabalhados pelo MST. O Setor de Saúde trouxe os produtos fitoterápicos e cosméticos feitos de plantas e raízes, enquanto o Setor de Educação esteve presente com cartilhas e materiais sobre a Educação do Campo. Os coletivos de jovens de Campo Alegre, e de mulheres, vindas de Campos dos Goytacazes conversaram com a sociedade sobre os desafios da juventude e das mulheres do campo. Também estiveram presentes a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, que faz a denúncia do uso de agrotóxicos no agrotóxicos e também pauta a agroecologia como forma de superação do capitalismo no campo.
No mesmo campo da defesa da agroecologia e agricultura camponesa, organizações como o Movimento dos Pequenos Agricultores e a Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro trouxeram seus produtos para a feira. O destaque foram as bananas e hortaliças produzidas em Vargem Grande, na cidade do Rio de Janeiro, fortalecendo o movimento de agricultura urbana.
Atrações culturais
Para fazer jus ao termo agri-cultura, a cultura da terra, não faltaram atrações musicais para balançar quem passava pelo Centro do Rio. O xote e o baião vieram pela sempre presente voz de Geraldo Junior e seu trio, enquanto o grupo Maracutaia fez Recife aterrissar na cidade. Us Neguin Q Ñ C Kala, parceiros de muitas feiras, cantaram seu rap de luta mostrando a unidade entre o campo e cidade. O tão criminalizado Funk também teve vez, mostrando que não só é música de favelado, mas também é de Sem Terra. O bloco da APAFunk, e os Mcs Pingo e Mano Teko representaram o ritmo de resistência da cidade, e não deixou ninguém parado.
Trazendo mais elementos culturais, a Cooperativa Jataí e a Editora Expressão Popular ofereceram livros a preço populares para formação política, porque a dimensão da formação também faz parte da Feira da Reforma Agrária. Oficinas sobre Saúde pela Terra, Mulheres e Agroecologia, Agricultura Urbana, e sobre a conjuntura de luta do Rio de Janeiro cumpriram um importante papel.
Foto: Rafael Daguerre
No encerramento da feira, a simbologia escolhida foi justamente a ligação campo-cidade, reforçando a urgência da união entre todas e todos os trabalhadores. Cada camponês e camponesa depositou um produto representativo de sua região em duas cestas, que foram entregue a dois trabalhadores da cidade: o gari Igor, e a profissional de limpeza Elisângela.
Ato lembrou as origens da Feira da Reforma Agrária no estado do RJ. No final dos anos 1990, em Campos dos Goytacazes, Cícero Guedes e os demais Sem Terra da região faziam semanalmente doações de alimentos no centro da cidade para mostrar a importância da reforma agrária para toda a população. E prestes a completar 2 anos do assassinato de Cícero, sua memória continua presente na luta dos Sem Terra. Além de dar seu nome à Feira, seu sítio Brava Gente segue sendo cultivado pelos filhos Ruth e Matheus, e a produção enchendo barrigas, corações e mentes de quem conhece sua história.
Foto: Alan Tygel
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2014-12-10 ::
alantygel
domingo 7 dezembro 2014
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Notícias do MST Rio
De 8 a 10 de dezembro, o Largo da Carioca recebe a VI Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Moradores da cidade poderão ter acesso a produtos vindos dos assentamentos de reforma agrária do RJ e de vários outros estados
Mais uma vez, o Largo da Carioca será palco da maior feira do Rio de Janeiro com produtos oriundos de assentamentosde reforma agrária. De 8 a 10 de dezembro, cerca de 130 agricultores/as vão participar da VI Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes. Nessa edição, uma novidade: três dias de evento, onde a sociedade terá a oportunidade de conhecer a produção dos assentamentos, das cooperativas e de coletivos por meio da compra de produtos direto das mãos das camponesas e camponeses.
A diversidade de produção expostas durante a feira sempre surpreende os participantes. Agricultoras e agricultores de 17 assentamentos do MST do estado vão levar cerca de 30 toneladas de diferentes produtos como frutas, hortaliças, verduras, doces, geleias, compotas, feijão, arroz, derivados de leite, derivados da cana-de-açúcar, fitoterápicos, café, mel, pimenta, própolis e artesanatos. Além dos produtos in natura, a feira ira oferecer agroindustrializados de diferentes cooperativas, dentre elas: COOPSCAMP e COOPATERRA (RJ); ASFAPSUL (MG); COOPAVA e COAPRI (SP).
Quem passar pela feira também vai ser embalado por ritmos de diferentes regiões do país. Já confirmaram participação Geraldo Júnior, Us Neguin Q Ñ C Kala, Bloco Apafunk, Mano Teko e MC Pingo.
O principal objetivo da feira é ser um espaço de conscientização a respeito da Reforma Agrária. A aproximação entre assentados e moradores da cidade possibilitar a divulgação da realidade social, cultural e organizativa dos assentamentos de reforma agrária, da luta por justiça social, e do esforço para produzir alimentos saudáveis e agroecológicos. O projeto da Reforma Agrária Popular tem como princípio básico o diálogo entre campo e a cidade, e a produção de alimentos saudáveis para a população.
O nome da feira é uma homenagem ao líder Sem Terra Cícero Guedes, assassinado em Campos dos Goytacazes, em 2013. Cícero foi um dos idealizadores da feira, e uma referência em agroecologia.
O evento é uma realização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em parceria com o INCRA, e tem o apoio do SINDIPETRO, da COOPSCAMP, da COOPATERRA e da COOPERAR.
Programação:
8/12 (Segunda)
7h – Abertura da Feira
10h – Formação: Conjuntura, luta e conquistas no Rio de Janeiro
11h as 12:30h – Geraldo Junior
12:30h as 14h – Us Neguin Q Ñ C Kala
15:00 – Formação: Oficina Saúde Pela Terra
16:30h – Ato Político e Mística de Abertura da VI Feira
18h as 20h – Bloco da Apafunk
9/12 (Terça)
9:30h – Oficina: Mulheres e Agroecologia, a arte da boneca Abayomi
11h as 12:30h – Maracutaia
12:30h as 14:00h – Mano Teko e Mc Pingo
15:00 – Oficina: Agricultura Urbana
10/12 (Quarta)
11h as 12:30h – Apresentação Cultural
14h – Encerramento
Serviço
Evento: VI Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes.
Dias: De 8 a 10 de dezembro.
Hora: Entre 8h e 18h.
Local: Largo da Carioca.
Mais informações:
Vanessa Ramos
(21) 993723219
Alan Tygel
(21) 980858340
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2014-12-07 ::
alantygel