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Site do boletim do MST do Rio de Janeiro

Boletim do III ENA – N.3 – 18 de maio de 2014

domingo 18 maio 2014 - Filed under Boletins

http://www.enagroecolgia.org.br

Boletim do III ENA – 18 de maio de 2014

Acompanhe a transmissão ao vivo da plenária final, nesta segunda (19) no site do ENA.

Veja o site do III ENA | Veja as fotos do encontro

Mulheres à frente da agroecologia

Plenária reforçou a posição de que é urgente a luta para posicionar a mulher dentro da agricultura e agroecologia. Foto: Fábio CaffeEm vez de sino, um batuque em galões de plástico e latas deu o primeiro chamado. O coro forte seguiu. No lugar de água benta, banho de cheiro da Amazônia. Nada de filas, a hora era de roda. Assim começou a plenária de Mulheres no III Encontro Nacional de Agroecologia, na tarde deste sábado (17/5). Em pauta a desigualdade de gênero e o machismo que está entranhado em cada relação, dentro e fora de casa, uma das principais lutas da agroecologia, que conta com centenas de grupos de mulheres em todo o Brasil.

Uma a uma, participantes de diferentes delegações falaram para uma plateia de cerca de 700 pessoas – mais de 80% de mulheres – em declarações que conectaram os conflitos vividos, trazendo à tona desde a dificuldade de acesso às políticas públicas até as relações com maridos e filhos. Por outro lado, as falas trouxeram a força da luta feminista dentro do movimento de agroecologia.

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Instalação pedagógica do Território Bico de Papagaio discute conflitos no campo

Os participantes da oficina foram convidados a conhecer os cheiros do território do Bico do Papagaio, através dos cestos com amêndoas do coco de babaçu e cupuaçu. Foto: Karol DiasNa manhã do segundo dia do III ENA (Encontro Nacional de Agroecologia), 17 de maio, diálogos em instalações pedagógicas expuseram a realidade e os desafios da agroecologia nos diferentes territórios do Brasil. O Território Bico de Papagaio, Tocantins, conduziu o debate em um desses espaços e teve como protagonistas as mulheres quebradeiras de coco organizadas e organizadoras de espaços, associações, cooperativas e movimentos de resistência ao avanço predatório de grandes empresas sobre a natureza e a vida de suas populações.

No início, os participantes foram convidados a lançar o olhar para a sociobiodiversidade da região através de produtos típicos colocados no centro da sala e, em seguida, perceber, por meio de encenações e falas, a realidade de mulheres que sobrevivem da quebra e beneficiamento do coco babaçu.

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A agroecologia brasileira avança e faz história

Foto:Francisco Valdean É muito difícil reproduzir os fatos e informações de um encontro nacional, com representantes de praticamente todos os estados brasileiros. Hoje, por exemplo, os territórios visitados pelas caravanas agroecológicas, com seus representantes, discutiram as situações locais, os problemas e as práticas vencedoras. O detalhe é que são 13 tendas. E todas funcionam ao mesmo tempo.

À tarde, pelo menos 800 mulheres – e alguns homens – se reuniram na plenária do Grupo de Trabalho de Mulheres, da Articulação Nacional de Agroecologia – o lema é: Sem Feminismo não há agroecologia. Para quem conhece a realidade do campo e das agricultoras familiares sabe que não se trata de uma metáfora. Algumas representantes viajaram longas distâncias, deixaram suas casas, os filhos, o cuidado da casa, da roça, do trabalho cotidiano.

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Dossiê mostra que perímetros irrigados violam direitos de comunidades rurais

Legenda: O agricultor Francisco Edilson Neto pode ser afetado pelo Perímetro Irrigado Santa Cruz do Apodi, que está sendo construído no Rio Grande do Norte. "Nós estamos perdendo os territórios. Se a gente não lutar, não vamos ter mais nenhum camponês no próximo ENA”, Foto: Francisco VldeanA segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê vultosos recursos – R$ 6,9 bilhões – para a expansão dos perímetros irrigados no semiárido. A princípio, a notícia foi muito comemorada, já que significa dobrar a área existente hoje. Atualmente, são 193.137 hectares irrigados no semiárido e, com os novos projetos, novos 200 mil hectares estão previstos. Uma pesquisa inédita coordenada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) mostra, porém, que as expectativas para o futuro não são nada animadoras. Em outras regiões brasileiras, as extensas áreas irrigadas artificialmente são responsáveis por violações de direitos humanos e expansão do agronegócio. As consequências mais graves são a expulsão dos pequenos agricultores e contaminação por agrotóxicos.

Exames médicos feitos em 545 trabalhadores de regiões próximas a cinco perímetros – dois no Rio Grande do Norte e três no Ceará -, realizados ao longo de um ano e meio, apontam que 30,3% apresentavam intoxicação aguda. Mais: a prevalência de câncer é 38% maior entre os agricultores que moram em perímetros irrigados, em decorrência da chegada de grandes empresas do agronegócio, com uso intensivo de agrotóxicos.

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Seminário temático do III ENA cria coletivo nacional de agricultura urbana

RC_A0822Com a presença de representantes de diversas regiões do país, o seminário temático sobre agricultura urbana decidiu criar um coletivo nacional para articular as iniciativas da sociedade civil e debater a construção da política pública federal sobre o tema. O encontro aconteceu na manhã deste domingo no III Encontro Nacional de Agroecologia, que discutiu também as especificidades e a importância da produção agroecológica nas cidades.

“A agricultura urbana não é uma simples transposição da realidade rural para cidade. No contexto urbano é reinventada, é transformada e cumpre outras funções”, disse Daniela Almeida, do Grupo de Estudo de Agricultura Urbana da UFMG – AUÊ! e da Articulação Metropolitana de Agricultura Urbana de Belo Horizonte.

 

Este boletim é de autoria da equipe de comunicação popular do III ENA.

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Boletim do III ENA – N. 2 – 17 de maio de 2014

sábado 17 maio 2014 - Filed under Boletins

Boletim do III ENA – N. 2 – 17 de maio de 2014

Veja o site do III ENA | Veja as fotos do encontro

III ENA começa debatendo a importância da agroecologia no Brasil

Diversidade racial, étnica e cultural. Foto: Fabio Caffé/Imagens do Povo.Por que interessa à sociedade apoiar a agroecologia? Com essa pergunta, Maria Emília Pacheco, representante da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) deu início ao III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), na tarde desta sexta-feira, 16, na cidade de Juazeiro, na Bahia.

“Chegamos com as chuvas, os festejos de São João, para falar, mostrar, trocar, cuidar da terra, alimentar a saúde e cultivar o futuro. Somos 2 mil pessoas, destas 70% são agricultores e agricultoras e, destes, 50% são mulheres”, comemora Pacheco. “Essa mesa de abertura começa a responder a pergunta que nos traz aqui: “Por que interessa a sociedade apoiar a agroecologia?”

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Veja as noticias do III ENA:

Instalação pedagógica da região metropolitana do RJ explicita conflitos do modelo de desenvolvimento

Mãos que transformam: experiência produtiva dos grupos de mulheres no sudoeste matogrossense

Agroecologia resiste ao avanço das monoculturas na Zona da Mata Mineira e região amazônica

Os tesouros e desafios de Rondônia

Sertão do São Francisco – Um território em disputa permanente

Delegação do Rio de Janeiro traz contribuição musical ao III ENA

Construção da agroecologia é também a defesa e garantia do acesso à terra

Troca de sementes é atração na Feira de Saberes e Sabores no III ENA

Dados sobre impactos da irrigação serão apresentados no III ENA

Agricultores e Agricultoras apresentam experiências agroecológicas na Feira de Saberes e Sabores durante o III ENA

Experiências em agroecologia na Tenda da Região Sul (PR/SC/RS)

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Boletim do III ENA – N.1 – 16 de maio

sábado 17 maio 2014 - Filed under Boletins

Boletim do III ENA – 16 de maio de 2014

Veja o site do III ENA | Veja as fotos do encontro

III ENA começa com muita alegria e em defesa da diversidade

Mesa de Abertura do III ENA. Foto: Fabio Caffé/Imagens do Povo.Com muita animação puxada pela Fé e Axé, banda da região do sertão do rio São Francisco, a mística de abertura do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), realizado em Juazeiro (BA), envolveu os participantes na defesa da diversidade do povo e da cultura brasileira. Após uma apresentação teatral, contrastando a biodiversidade com as grandes empresas do agronegócio, tocaram músicas típicas e receberam as organizações e participantes, inclusive internacionais, no meio de uma ciranda organizada por regiões e com um grande abraço coletivo.

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Delegações de todo o Brasil chegam a Juazeiro

Luciomar Monteiro é do município de Ariquema, em Rondônia | Foto: Renato Cosentino

À beira do Velho Chico, a cidade de Juazeiro da Bahia – sim, aquela que dividiu o coração de Gonzagão com a vizinha Petrolina em uma canção eternizada na voz do rei baião – será pelos próximos dias a capital de uma luta difícil que afeta a vida de todos os brasileiros, sem distinção de raça, credo, idade, região ou gênero: o direito à alimentação saudável. Cerca de duas mil pessoas estão reunidas no município, maior aglomerado urbano do Semiárido, para debater e conhecer experiências de produção de alimentos diversificada e sem agrotóxicos por pequenos agricultores de diferentes regiões do país. A esse movimento se dá o nome de agroecologia, ainda pouco conhecida, mas no qual trabalham milhares de pessoas em todo o país. Parte delas está na Bahia neste momento para o III Encontro Nacional de Agroecologia.

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Plenária das Juventudes dá início ao III ENA

Com o sorriso estampado no rosto e a garganta como microfone, cerca de 200 jovens de várias regiões do País chamaram todos para participar da plenária que abriu o circuito de debates e discussões do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), na manhã desta sexta-feira (16), em Juazeiro, na Bahia.

A juventude canalizou e deu o pontapé inicial para a conversa acerca dos objetivos gerais do encontro. O momento foi construído a partir da Caravana Agroecológica e Cultural das Juventudes do Nordeste, que se posicionou para dar visibilidade e torná-la parte do III ENA.

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Este boletim é de autoria da equipe de comunicação popular do III ENA.

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Por terra e desenvolvimento dos assentamentos, MST marcha pelo Rio nesta quarta

quarta-feira 14 maio 2014 - Filed under Notícias do MST Rio

Jornada de Lutas de Abril 2012 / Acervo MST

Em sua jornada lembrando os 18 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terra foram assassinados no Pará, o MST realiza ações em todo Brasil neste mês. No Rio, a data será lembrada nesta quarta, dia 14 de maio.

A programação inclui manifestações no INCRA, pela manhã, e na Caixa Econômica Federal pela tarde. O primeiro órgão é apontado como responsável pela demora na desapropriação de terras, enquanto o segundo tem falhado na liberação de recursos para desenvolvimentos dos assentamentos.

A pauta de reivindicações inclui principalmente a infra-estrutura dos assentamentos, já que muitos não possuem estradas, água encanada e nem eletricidade. Além disso, assistência técnica, crédito, agroindústrias e programas de educação do campo entram em discussão.

Em relação às terras, o MST exige a desapropriação de 10 áreas no estado do Rio. Muitas delas já foram declaradas improdutivas, e algumas famílias aguardam acampadas há 9 anos, como é o caso do acampamento Irmã Dorothy, em Quatis. Outro caso emblemático é o complexo da Usina Cambahyba, em Campos, onde hoje existem os acampamentos Luis Maranhão e Oziel Alves. Segundo denúncias, os fornos da usina foram usados para incinerar corpos de militantes durante  a ditadura.

Em todo o Brasil, o MST já ocupou mais de 60 latifúndios e prédios públicos. A reação dos ruralistas já provocou a morte de 3 Sem Terra: Valdair Roque foi assassinado no dia 4/05, no Paraná, e  Francisco Laci Gurgel Fernandes e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, no dia 6, na Chapada do Apodi (RN).

Mais informações:  2263-8517 (Vanessa Ramos)

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Boletim 57

segunda-feira 12 maio 2014 - Filed under Boletins

Caso não consiga visualiza o boletim corretamente, acesse http://boletimmstrj.mst.org.br/boletim57Boletim do MST RJ – N. 57 – Maio de 2014

Notícias do MST Rio

 

Assentados em Macaé se reúnem com o Incra

Representantes das famílias do Assentamento Osvaldo de Oliveira, em Macaé, região Norte do Rio de Janeiro, estiveram no Incra/RJ, em meados de abril, a fim de dar continuidade às atividades de construção e consolidação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS). Pelo menos 12 pessoas estiveram presentes.

Pontos considerados importantes para construção do PDS do assentamento foram discutidos no dia, dentre eles, a composição de um conselho gestor para o Projeto, cuja responsabilidade inicial será a de construir um planejamento de uso da terra.

Aproximadamente 15 pessoas devem compor o conselho. Desse total, cinco podem se oriundos de institutos de ensino e pesquisa, outros cinco da sociedade civil, além de cinco do poder público. O objetivo é que o Planejamento de Uso da Terra trace a linha a ser seguida pelas famílias assentadas nas áreas do Osvaldo de Oliveira.

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MST participa de homenagem a Eduardo Galeano

Fonte: Assessoria de Comunicação Marcelo Freixo

“Que tal se delirarmos por um tempinho? Que tal se fixarmos nossos olhos mais além da infâmia, para imaginar outro mundo possível…”. E foi assim, por meio dos versos retirados do poema O Direito ao Delírio, de Eduardo Galeano, que Elisângela Carvalho, Dirigente Nacional do MST, homenageou o escritor e jornalista na noite de 16 de abril.

Cerca de 450 pessoas estiveram no auditório da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no Centro, para ver Galeano receber de Marcelo Freixo e do vereador Eliomar Coelho (PSOL) a Medalha Tiradentes e o Título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro, respectivamente.

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Universidades públicas pautam reforma agrária no RJ

Entre os dias 28 e 30 de abril, a Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (FFP/UERJ – São Gonçalo) foi palco da 1ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, realizada ao longo de todo o mês de abril, em aproximadamente 50 universidades brasileiras, com as quais o MST tem parceria.

A iniciativa objetivou incentivar o compromisso das instituições com o tema Reforma Agrária. Cerca de 200 pessoas circularam pelo evento, em São Gonçalo. Segundo Hayla Falcão, uma das organizadoras e estudante da FFP, a atividade foi importante porque promoveu o debate sobre Reforma Agrária dentro dos espaços acadêmicos. “Pensar em uma atividade em que possa debater temas como esse é extremamente necessário, já que a mídia e as próprias instituições de ensino não realizam”, afirmou.

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Notícias do MST Rio

Frei Beto fala sobre interesses políticos no Fome Zero e reforma agrária no Brasil

Em entrevista à Web Rádio Petroleira (do Sindipetro-RJ), no final de abril, o escritor e teólogo Carlos Alberto Libânio, mais conhecido como Frei beto, falou sobre diversos temas relacionados à realidade brasileira, dentre eles:  reforma agrária; Agrotóxico; Agronegócio; e o Programa Fome Zero, criado pelo governo federal, em 2003.

Segundo Frei Beto, o próprio governo, pressionado pelos prefeitos, decidiu erradicar o Programa Fome Zero e colocou em seu lugar o Bolsa Família, que é um programa bom, mas é um programa de caráter compensatório. “A diferença é que, quem ingressasse no Fome Zero, em três, quatro anos estaria em condições de produzir a própria renda, sem depender mais do governo. E, quem ingressa no Bolsa Família está lá até hoje, na dependência do governo…”, explicou.

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No Rio de Janeiro, 1o de maio tem ato junto às favelas da Maré e Manguinhos

Movimentos sociais e partidos políticos reunidos na Plenária dos Movimentos Sociais realizaram neste 1o de maio um ato em lembrança ao Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Cerca de 300 pessoas marcharam na Avenida Brasil, da entrada favela da Maré até Manguinhos. O objetivo este ano foi chamar a atenção para o processo de escalada da violência do Estado, operada sobretudo dentro das favelas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O exército também tem contribuído com o quadro desde de que 1500 soldados invadiram a favela da Maré no início de abril.

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Articulação de Agroecologia do RJ lança caderno de experiências “Olhares sobre a agroecologia emergente no Rio de Janeiro”

cadernodeexperienciasNo processo de preparação para o III Encontro Nacional de Agroecologia, a Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), disponibiliza o Caderno de Experiências: “Olhares sobre a agroecologia emergente no Rio de Janeiro”!

Este conjunto de artigos materializa o esforço coletivo da AARJ em avançar na dinâmica de construção do conhecimento agroecológico dentro do estado, valorizando o processo de sistematização de experiências em agroecologia como sendo um dos pilares fundamentais para atuação em rede.

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Articulação de Agroecologia da Região Norte, realiza mais um encontro preparatório para o III ENA

No último sábado, 03 de maio, a Articulação de Agroecologia da Região Norte Fluminense, realizou mais uma atividade preparatória para o III Encontro Nacional de Agroecologia, que ocorrerá em Juazeiro (BA) entre os dias 16 e 19 de maio. A oficina ocorreu no assentamento Zumbi, no espaço comunitário Girassol, reunindo representantes dos grupos, movimentos e entidades atuantes na região. Alguns dos temas debatidos durante a atividade foram: a Educação do Campo, o uso dos agrotóxicos, estratégias para a agroindustrialização, assistência técnica e os conflitos territoriais existentes no norte fluminense.

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Notícias do Brasil

MST mobiliza 19 estados e ocupa mais de 60 terras e prédios públicos em jornada de lutas

A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária já mobilizou 19 estados e o DF, além de ações na Itália, Inglaterra, Espanha e EUA. Foram realizadas mais de 60 ocupações de terra, prédios públicos e trancamento rodovias. O MST também promoveu marchas em pelo menos quatro capitais (São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Recife).

A reação do latifúndio foi imediata: três militantes do MST foram assassinados em menos de uma semana, um no Paraná e dois no Rio Grande do Norte, além de três Sem Terra feridos à bala no Ceará.

Em São Paulo, mais de 1500 pessoas do MST, que chegaram em marcha na capital paulista, ocuparam o prédio da empresa Odebrecht, na região do Butantã, zona oeste, na manhã desta quinta-feira. A ação construída em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) visa denunciar a atuação da empresa que gera impactos à vida da população do campo e da cidade.

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Juazeiro da Bahia recebe agricultores de todo o Brasil em maio para discutir agroecologia

O III Encontro Nacional de Agroecologia (III ENA) será realizado de 16 e 19 de maio de 2014, em Juazeiro (BA), com o lema “Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde, Cultivar o Futuro”. Cerca de 2 mil pessoas de todo o país, dentre elas 70% agricultoras e agricultores, e diversos segmentos da sociedade, participarão de seminários, debates e atividades culturais. Encontros como este são espaço de organização e pressão política fundamentais para a expressão democrática de uma significativa parcela da sociedade brasileira.

O evento organizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), com a participação de diversas entidades que compõe esta rede, além de movimentos sociais do campo, da saúde, da economia solidária e do feminismo, é o resultado de um processo de mapeamento e visita a experiências concretas por meio de Caravanas Agroecológicas e Culturais, que começaram em 2013.

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Após lançamento, O Veneno está na Mesa 2 ganha o Brasil e o Mundo

IMG_0621Lançado no dia 16 de abril, no Rio de Janeiro, o filme O Veneno está na Mesa 2 segue em exibições pelo Brasil e pelo mundo. Realizado pelo diretor Sílvio Tendler, o filme foi feito em parceria com a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, e tem como princípio ser um filme livre: pode e deve ser reproduzido e exibido por quem desejar, assim como ocorreu com o primeiro Veneno Está na Mesa.

Do Rio de Janeiro, o filme seguiu para Brasília (DF), onde foi exibido no Museu Nacional para um grande público. De lá, foi para Cuiabá (MT), e passou ainda por Coimbra. Lá houve uma exibição no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, durante a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. Na mesma jornada, houve exibições na região metropolitana do RJ.

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Greve agrária na Colômbia já passa de 15 dias

Movimentos Sociais camponeses realizam desde o dia 28 de abril uma greve nacional na Colômbia. Umas das principais reivindicações é a renegociação dos tratados de livre comércio. Camponeses pedem ainda refinanciamento das dívidas, redução do custo de insumos e proteção econômica.

Há poucos dias uma vitória foi alcançada a partir do estabelecimento de uma mesa de negociações. Através dela serão discutidas as reivindicações com a presidência da Colômbia, que se colocam em 8 eixos: mandatos populares em terra e territórios, direitos políticos da comunidades agrárias, mineração e meio ambiente, economia étnica e camponesa, cultivos de coca, maconha e amapola, direitos sociais e paz com justiça social.

Veja mais no site: http://congresodelospueblos.org

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Boletim MST Rio

Produtos da Reforma Agrária à Venda!

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Assentados em Macaé se reúnem com o Incra

segunda-feira 12 maio 2014 - Filed under Notícias do MST Rio

Representantes das famílias destacaram a assistência técnica como prioridade para o desenvolvimento da produção na região

por Diego Fraga, do MST-RJ

Representantes das famílias do Assentamento Osvaldo de Oliveira, em Macaé, região Norte do Rio de Janeiro, estiveram no Incra/RJ, em meados de abril, a fim de dar continuidade às atividades de construção e consolidação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS). Pelo menos 12 pessoas estiveram presentes.

Membros da Direção Estadual do MST-RJ; superintendente do Incra-RJ, Gustavo Souto de Noronha, e equipe técnica do Instituto; advogada popular, Ana Tavares; diretor do Pólo Universitário de Rio das Ostras (Puro), da Universidade Federal Fluminense (UFF), Ramiro Piccolo; e o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), José Otávio também participaram da reunião.

Pontos considerados importantes para construção do PDS do assentamento foram discutidos no dia, dentre eles, a composição de um conselho gestor para o Projeto, cuja responsabilidade inicial será a de construir um planejamento de uso da terra.

Aproximadamente 15 pessoas devem compor o conselho. Desse total, cinco podem se oriundos de institutos de ensino e pesquisa, outros cinco da sociedade civil, além de cinco do poder público. O objetivo é que o Planejamento de Uso da Terra trace a linha a ser seguida pelas famílias assentadas nas áreas do Osvaldo de Oliveira.

A assistência técnica foi outro importante tema debatido. Considerando o PDS uma proposta de assentamento diferenciado a questão da assistência técnica também ganhou dimensões diferenciadas. O foco em agroecologia foi central na conversa. Os representantes das famílias destacaram como prioridade a resolução deste ponto para o desenvolvimento da produção.

O antigo acampamento Osvaldo de Oliveira foi reconhecido como assentamento no dia 27 de fevereiro desse ano, depois que o Juiz Eduardo Aidê Bueno de Camargo assinou a imissão da posse da Fazenda Bom Jardim. Cerca de 80 famílias vivem na região.

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MST participa de homenagem a Eduardo Galeano

segunda-feira 12 maio 2014 - Filed under Notícias do MST Rio

Dirigente Nacional do MST no RJ, demonstra respeito e admiração ao escritor, que também recebeu bandeira e boné do movimento

Fonte: Assessoria de Comunicação Marcelo Freixo

Fonte: Assessoria de Comunicação Marcelo Freixo

Da Redação do MST/RJ

“Que tal se delirarmos por um tempinho? Que tal se fixarmos nossos olhos mais além da infâmia, para imaginar outro mundo possível…”. E foi assim, por meio dos versos retirados do poema O Direito ao Delírio, de Eduardo Galeano, que Elisângela Carvalho, Dirigente Nacional do MST, homenageou o escritor e jornalista na noite de 16 de abril.

Cerca de 450 pessoas estiveram no auditório da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no Centro, para ver Galeano receber de Marcelo Freixo e do vereador Eliomar Coelho (PSOL) a Medalha Tiradentes e o Título de Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro, respectivamente.

“Nessa noite tão especial para nós, a gente tem que continuar, Eduardo Galeano, delirando, sim. Delirando e buscando a utopia de um mundo mais justo, mais digno. E nisso, as sua obras têm contribuído, principalmente para nós, dos  movimentos sociais…”, encerrou a Dirigente Nacional do MST-RJ, após ter entregue, emocionada, em nome dos movimentos sociais, bandeira e boné do MST.

Após o término da fala de Elisângela, Freixo completou: “Obrigado Elisângela, obrigado a cada companheiro do MST! Nessa homenagem, vocês não poderiam deixar de estar na mesa com a gente.”

Fonte: Assessoria de Comunicação Marcelo Freixo

Fonte: Assessoria de Comunicação Marcelo Freixo

Galeano dedicou o reconhecimento ao arquiteto Oscar Niemeyer, morto em dezembro de 2012, e falou sobre os movimentos que defendiam a independência do Brasil, em referência a Tiradentes, executado em 21 de abril de 1792, após o fracasso da Inconfidência Mineira.

“O único que não delatou ninguém e que foi por todos delatado estreou o patíbulo na hora do amanhecer. O alferes Tiradentes foi castigado por querer que os brasileiros fossem brasileiros em toda a infinita dimensão da palavra liberdade, que é a mais linda palavra existente em todos os dicionários do mundo. Ela inspirou o movimento de Tiradentes e outros movimentos libertários da América Latina. Quero dedicar essa medalha à memória do meu muito querido amigo Oscar Niemeyer, que foi e continua sendo, além da morte, o maior entusiasta dessa louca aventura a que chamamos Brasil”, afirmou.

A cerimônia foi encerrada pela cantora Isadora Medella, da banda As Chicas. Ela recitou o poema “Os ninguéns” e o refrão do “Rap do Silva” antes de tocar a canção “Los hermanos”.

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(Informações: Blog do Marcelo Freixo)

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Universidades públicas pautam reforma agrária no RJ

segunda-feira 12 maio 2014 - Filed under Notícias do MST Rio

Iniciativa viabilizou o compromisso das instituições em garantir a discussão sobre Reforma Agrária nos espaços acadêmicos

por Rafael Miranda e Nivia Silva, do Boletim do MST-RJ

IMG_20140430_171819250Entre os dias 28 e 30 de abril, a Faculdade de Formação de Professores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (FFP/UERJ – São Gonçalo) foi palco da 1ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, realizada ao longo de todo o mês de abril, em aproximadamente 50 universidades brasileiras, com as quais o MST tem parceria.

A iniciativa objetivou incentivar o compromisso das instituições com o tema Reforma Agrária. Cerca de 200 pessoas circularam pelo evento, em São Gonçalo. Segundo Hayla Falcão, uma das organizadoras e estudante da FFP, a atividade foi importante porque promoveu o debate sobre Reforma Agrária dentro dos espaços acadêmicos. “Pensar em uma atividade em que possa debater temas como esse é extremamente necessário, já que a mídia e as próprias instituições de ensino não realizam”, afirmou.

Durante os três dias de atividades, debates relevantes para a luta camponesa marcaram o evento, como o tema “violência no campo” e “avanço do agronegócio no território brasileiro”. Leonilde Medeiros, professora e pesquisadora do Curso de Pós-graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ), destacou a importância das universidades participarem da discussão sobre um projeto popular que solucione os problemas existentes hoje no campo.

Ainda na opinião dela, “a questão agrária que atual, as dificuldades, os avanços e os retrocessos não podem impedir as novas formas de organização, não podemos nos basear no passado de forma que possamos alavancar com a luta por Reforma Agrária”, alertou a professora.

Uma barraca de lona retratando a vida de um acampamento Sem Terra foi montada, e no entorno, uma exposição de fotos e vídeos sobre os 30 anos do MST, retratando as diversas lutas, os acampamentos, os assentamentos e as escolas. Havia também uma feira com a presença de agricultores do Assentamento Zumbi dos Palmares, de Campos dos Goytacazes (Norte Fluminense), e do assentamento Roseli Nunes, de Piraí, região Sul Fluminense. Quem circulou pelo evento pode admirar a singela reprodução do modo de vida dos que resistem no campo.

IMG_20140430_171859253“Assim, eles nos conhecem melhor e ficam sabendo o que produzimos e que resistimos”, disse Luzia Cristina de Oliveira, assentada no Assentamento Roseli Nunes. “A forma como as exposições foram organizadas permitiu compreender melhor a realidade camponesa […] daqueles que fizeram e fazem parte da luta, trazendo a realidade para perto dos que a desconhecem”, falou Marina Micas, estudante da FFP.

No dia 29 de abril os alunos, professores puderam assistir o filme sobre os agrotóxicos, chamado “O Veneno está na Mesa II”, de Silvio Tendler, seguido de debate com Nivia Silva, do MST, André Burigo, da Fiocruz e prof. Alexandre, da UFF. No dia 30, aconteceu um debate sobre 50 anos da Ditadura- Violência e Repressão, com Leonilde Medeiros, do CPDA e Marcelo Durão, do MST.

A atividade foi organizada com a contribuição da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (ASDUERJ), da Faculdade de Formação de Professores (FFP/UERJ), do Grupo de Estudos Pesquisa e Extensão em Geografia Agrária (GeoAgrária) e do MST.

Esta atividade faz parte da Jornada á nível nacional, que está ocorrendo no mês de abril e maio em várias Universidades no Brasil e no mundo. Além da UERJ – São Gonçalo, no Rio de Janeiro, a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária também aconteceu em outras instituições de ensino: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), PUC, UERJ – Maracanã e Universidade Federal do Estado do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), que ainda está sem data confirmada para acontecer.

 

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Frei Beto fala sobre interesses políticos no Fome Zero e reforma agrária no Brasil

domingo 11 maio 2014 - Filed under Notícias do Rio

“… não tivemos nesse país, de medidas continentais, uma reforma estrutural tão urgente quanto a agrária. E isso fazia parte do Fome Zero”, disse Frei Beto.

Da Redação do Boletim do MST-RJ

Em entrevista à Web Rádio Petroleira (do Sindipetro-RJ), no final de abril, o escritor e teólogo Carlos Alberto Libânio, mais conhecido como Frei beto, falou sobre diversos temas relacionados à realidade brasileira, dentre eles:  reforma agrária; Agrotóxico; Agronegócio; e o Programa Fome Zero, criado pelo governo federal, em 2003.

Segundo Frei Beto, o próprio governo, pressionado pelos prefeitos, decidiu erradicar o Programa Fome Zero e colocou em seu lugar o Bolsa Família, que é um programa bom, mas é um programa de caráter compensatório. “A diferença é que, quem ingressasse no Fome Zero, em três, quatro anos estaria em condições de produzir a própria renda, sem depender mais do governo. E, quem ingressa no Bolsa Família está lá até hoje, na dependência do governo…”, explicou.

Ainda na opinião de Frei Beto, o Programa Fome Zera era uma cesta de programas. Inclusive, o programa que considera o mais importante e o mais urgente, que percorre toda a história do Brasil, desde a libertação dos escravos, é o Programa de Reforma Agrária, incluso também no Fome Zero.  “Até hoje, isso não ocorreu [Reforma Agrária], há não ser algumas medidas muito cosméticas de assentamento. Mas, não tivemos nesse país, de medidas continentais, uma reforma estrutural tão urgente quanto a agrária. E isso fazia parte do Fome Zero!”, afirmou.

Aos 69 anos, Frei Beto mantem atividades em devesa dos direitos humanos, tem colaborado com governos populares e é considerado uma referência pelos movimentos sociais.

Ouça a entrevista na íntegra na Rádio Petroleira

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Mestrado profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimento Sociais começa na ENSP

terça-feira 6 maio 2014 - Filed under Notícias do Brasil

Começou neste mês de maio, no Rio de Janeiro, o Mestrado Profissional em Trabalho Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP- Fiocruz). Esse mestrado nasceu de uma reivindicação dos movimentos sociais do campo, em especial do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina e Campanha Nacional Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida , e foi construído por meio de uma parceria com a Escola Nacional Florestan Fernandes. O curso tem à frente os pesquisadores Ary Miranda e Marcelo Firpo da ENSP, além de Virginia Fontes (EPSJV- Fiocruz) e Nívia Regina (Escola Nacional Florestan Fernandes – ENFF).  É uma experiência inovadora, envolvendo a articulação de várias instituições e pesquisadores que vêm atuando de forma engajada com os movimentos sociais (inclusive movimentos urbanos) e a Campanha Nacional Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, fazendo parte da estratégia de implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA), do Ministério da Saúde.

Na abertura do curso, dia 05 de maio, Hermano Castro, diretor da ENSP, enfatizou que “esse curso rompe barreiras, sai do modelo que preza o mercado e valoriza o retorno do conhecimento à sociedade. É preciso inundar a Escola [ENSP] de experiências assim”. Guilherme Franco Netto, da vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, representando a presidência da instituição, sublinhou a relação circular entre aprender e ensinar, bem como a importância de que um espaço público “financiado pelo povo” ganhe com a experiência dos trabalhadores rurais e sua reflexão sobre a prática. Lembrou que a ENSP tem uma história de relação com essas lutas: participa da Comissão da Verdade da Reforma Sanitária, da luta contra o amianto, contra os agrotóxicos e do mapeamento das injustiças ambientais.

Há uma importante conexão entre os objetivos da reforma agrária, as reivindicações dos movimentos sociais do campo e a luta histórica pela reforma sanitária, assim como a conquista do SUS. Em sua origem, a reforma sanitária tinha um compromisso histórico de enfrentar as desigualdades e construir a democracia no país, o que está expresso no referencial dos determinantes sociais da saúde. Esse curso resulta da cooperação entre os movimentos sociais do campo, a Fiocruz e o Ministério da Saúde, reafirmando uma decisão política de estender a abrangência de oferta da formação acadêmica, legitimando o compromisso social e ético que toda gestão pública deve trazer para o âmbito de sua responsabilidade. Para Kátia Souto, da SEGEP (Secretaria de Gestão Participativa) do Ministério da Saúde: “as instituições e universidades não respondem às demandas da sociedade. Esse mestrado tem o apoio do Ministério. Nossa responsabilidade é um grande desafio: a formação a partir da perspectiva de um novo lugar”.

O objetivo geral do mestrado é formar e qualificar profissionais graduados atuantes nos campos da saúde, da educação do campo, ciências agrárias, em áreas voltadas para a reforma agrária e comunidades camponesas. A formação será feita por meio do mestrado profissional, com vistas à consolidação de conhecimentos acerca da teoria crítica e do desenvolvimento de investigações sobre os temas do trabalho, saúde, ambiente e movimentos sociais. A turma tem 28 educandos, todos com experiência de trabalho voltado para o campo. O curso segue os pressupostos da Educação do Campo – entendida como processo e resultado das contradições e conflitos em que camponeses e trabalhadores rurais estão envolvidos – e da pedagogia da alternância, que respeita a dinâmica de trabalho dos educandos em seus territórios. Dessa forma, o curso prevê a realização de cinco etapas que intercalarão o tempo escola com o tempo comunidade.

Na fala de Erivan Hilário, representante da ENFF: “Apropriar-se do conhecimento é uma necessidade da luta. Nós não somos qualquer um, viemos com um mandato social, pelas nossas comunidades e movimentos, produzir ciência e conhecimento para mudar essa realidade, fortalecer a prática militante de que o conhecimento tem de ser a favor da humanidade, como no exemplo de Dom Tomás Balduíno [que falecera dois dias antes e foi homenageado na abertura]. Aqui estamos lançando sementes em terra árida, em vista de colher poesia no futuro”.

No dia 06 de maio, houve a aula de abertura do curso, proferida pelo João Pedro Stédile, membro da coordenação nacional do MST e da Via Campesina, sobre o tema “O modelo de desenvolvimento e seus impactos socioambientais”. O curso está em andamento e a primeira etapa termina no dia 06 de junho.

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