por Alan Tygel 16/04/2012 14:00h Cerca de 300 militantes do MST ocupam neste momento a sede do Incra, na Avenida Presidente Vargas. Outras famílias foram impedidas de entrar, e montam um acampamento na entrada do prédio. Um comissão está em reunião com a superintendência do INCRA, analisando a situação de cada área do estado. A […]
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File: Notícias do MST Rio
Setor de Saúde promove nova produção de fitoterápicos
O setor de saúde do MST Rio produziu uma nova leva de fitoterápicos. No dia 15 de março, foi feita a primeira coleta das plantas medicinais no assentamento Roseli Nunes para elaboração das tinturas. No dia 31 de março a produção foi concluída no Assentamento Roseli Nunes, em Piraí/RJ.
A produção desses materiais acontece sempre como uma oficina. Ela visa o resgate da própria cultura popular sobre ervas medicinais, como também a reapropriação das técnicas de manuseio e preparo das ervas. A elaboração de produtos naturais como fitocosméticos e fitoterápicos, à base de ervas medicinais, não utiliza agrotóxicos e auxilia na autosutentação dos acampados e assentados, assim como na manutenção do próprio setor de saúde.
Encerramento da Terceira Turma do Curso de Saúde do MST RJ
Há quatro anos, em 2006, começou a primeira turma do Curso de Práticas Alternativas em Saúde, realizado para os acampados e assentados da reforma agrária do Rio de Janeiro.
Estamos chegando agora ao término da Terceira turma do curso de Saúde, que começou em 2009. Dentre os temas abordados no curso está a Agroecologia, assim como a Medicina Tradicional Chinesa (que envolve Acupuntura, Moxabustão, Automassagens, Ti Kum, Shiatsu, Meditação), Fitoterapia, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Primeiros Socorros e Políticas em Saúde. Sua elaboração foi fruto de uma parceria com a ASBAMTHO (Associação SinoBrasileira de Acupuntura, Moxabustão e Terapias Holísticas), Pastoral da Saúde e outros amigos.
Curso de Licenciatura em Educação do Campo entra na 4a etapa
No dia 09 de março inicia a quarta etapa do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, parceria com a UFRuralRJ/PRONERA. A turma é composta por 60 educando/as do MST, CPT, Fetag, Recid, Quilombolas, Indígenas, Caiçaras e integrantes do Movimento Urbano.
A etapa se inicia com o Seminário dos Movimentos Sociais e Seminário Sobre Educação Popular, na perspectiva de proposta diferenciada do curso em diálogo com a realidade dos educandos/as.
Mulheres protestam contra novo Código Florestal no Rio de Janeiro
No Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, mulheres do campo e da cidade no Rio de Janeiro realizaram luta contra o novo Código Florestal. A atividade faz parte da jornada nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina, na luta contra o modelo do agronegócio e pela soberania ambiental.
No inicio da manifestação foi colocado uma faixa nos trilhos dos arcos da lapa pedindo “Veta Dilma” , local simbólico do Rio, com o objetivo de chamar atenção da sociedade e da imprensa para essa pauta urgente.
Turma de serviço social do MST recomeça o tempo-escola
Iniciou-se, no dia 19 de março, a terceira etapa do curso de Serviço social em parceria com a UFRJ/PRONERA/ENFF. A turma é composta por 60 militantes do MST, MPA e MMC, vindos de dezenove estados do Brasil. A primeira turma de Serviço Social da Via Campesina iniciou o curso em março de 2011.
Para Janaína Nogueira Pacheco, 23 anos, do MST da Bahia, este curso “é uma possibilidade de intervir na realidade com maior apropriação do conhecimento acerca da questão social”. Já para Elaine Cristina Locan, militante do MST de São Paulo, 29 anos, “aqui temos a oportunidade de nos apropriarmos do conhecimento elaborado pela humanidade, do qual a classe trabalhadora é privada há séculos”.
Do dia 27 de fevereiro ao dia 17 de março deste ano aconteceu no Rio de Janeiro o VIII Estágio Interdisciplinar de Vivência. Fruto de uma parceria entre o movimento estudantil e o MST, o estágio contou com a participação dos seguintes coletivos em sua organização: FEAB, ABEEF, NEARA, GETERRA E NÓS NÃO VAMOS PAGAR NADA. Participaram do EIV 32 estagiários de diversas universidades e cursos do estado, além de dois estudantes da UnB e dois internacionalistas do movimento estudantil chileno.
MST Rio realiza II Feira da Reforma Agrária no Largo da Carioca
Com a participação de mais de 60 agricultores e agricultoras organizados no MST/RJ de diferentes regiões do estado, foi realizada a II Feira Estadual da Reforma Agrária, no Largo da Carioca durante os dias 8 e 9 de dezembro.
A produção diversificada contou com tomates, mandioca, abacaxi, feijão de corda, coco, banana, limão, plantas ornamentais, produtos de plantas medicinais, cosméticos caseiros, entre muito outros.
A Feira da Reforma Agrária foi organizada pelo MST, mas também contou com a presença de agricultores ligados à Articulação de Agroecologia do Estado do Rio de Janeiro, da qual o MST também faz parte.
Na última sexta-feira (9), o MST/RJ comemorou seus 15 anos no Estado ao lado dos amigos e amigas. A celebração aconteceu do modo como esses setores sempre estiveram: juntos. Reunidos em duas colunas, frente a frente, no auditório do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-RJ), utilizaram de canto, dança, filme e discursos para, basicamente, recordar.
Entre o som de uma e outra canção, a história da atuação do movimento no Rio foi contada desde o princípio, em 1996. Em verdade, o relato inicia ainda nos anos 1950, com os conflitos de terra na Baixada Fluminense, devido ao avanço da especulação imobiliária. As primeiras ocupações de terra começam em 1997, em usinas sucroalcooleiras. Neste ano, já chegam ao coração da indústria de cana-de-açúcar, na região de Campos. O maior assentamento do Estado, o Zumbi dos Palmares, ameaçado atualmente de ser afetado pelo desvio de traçado da BR-101, foi uma conquista daquele ano. Nos anos seguintes, segue a trajetória de luta do movimento, até os dias conturbados da atualidade, quando a Reforma Agrária deixou de ser pauta de todos os governos, o Brasil se torna recordista mundial de consumo de agrotóxicos e é virtualmente escolhido pela Comunidade Internacional como país exportador de produtos primários.
O mutirão é uma iniciativa que os companheiros e companheiras da Comunidade Roseli Nunes encontraram de integração, trocas de experiências e de solidariedade. Somente desta maneira foi possível transformar um latifúndio que não produzia alimentos em uma grande área nas mãos de camponesas e camponês produzindo alimento saudável para suas famílias e para comunidade de Piraí e quem sabe um dia para o Brasil e o mundo, livre de agrotóxicos e de fertilizantes minerais sintéticos. “Quem sonha grande põe os pés na estrada” como já disse o poeta Ademar Bogo.
O mutirão segue um planejamento feito pelo grupo, onde todos os participantes recebem o mutirão em sua terra. A escolha da família que receberá o mutirão é feita através de sorteio. A família que recebe é responsável pelo lanche e por planejar a atividade que será realizado no dia. O trabalho é realizado das 7:30 as 11:00 hs. Quando o mutirão for feito na última família, será realizado um almoço coletivo, onde será feito o novo planejamento do mutirão.